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Presos suspeitos de integrar o PCC
Sete pessoas detidas são acusadas de participar de plano de resgate e de ataque a agentes prisionais
Operação de madrugada em Presidente Prudente, diz a PM, foi baseada em escuta telefônica cujo teor indicou os preparativos da facção
CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE
Sete pessoas foram presas na
madrugada de ontem, em Presidente Prudente (SP). Elas são
acusadas de fazer parte do PCC
e de estarem na região para resgatar detentos da facção e atacar agentes penitenciários.
Os alvos seriam as penitenciárias de Presidente Bernardes, onde está Marcos Camacho, o Marcola, líder da facção,
e a unidade 2 de Presidente
Venceslau, que concentra cerca
de 400 membros do grupo.
Na operação em que a Polícia
Militar utilizou mais de 70 homens e um helicóptero, foram
apreendidos armas, rádios sintonizados na freqüência da PM,
celulares e um quilo de cocaína.
Os policiais começaram a revistar casas em dez bairros da
cidade por volta das 5h. Algumas tiveram de ser arrombadas. Diálogos telefônicos interceptados pela Polícia Civil indicaram que o grupo estaria no
oeste paulista -cujas unidades
prisionais abrigam as principais lideranças do PCC.
Ontem, a Folha revelou que
a descoberta do plano colocou
a polícia da região em alerta
desde o início da semana.
O delegado seccional de Presidente Prudente, Marcos
Mourão, afirmou haver "provas substanciais" da ligação dos
acusados com o plano que seria
executado na região.
Segundo ele, os presos negaram fazer parte do PCC e disseram que estavam na região para roubar carros. Eles não haviam indicado advogado até o
final de tarde de ontem.
Um dos presos, segundo
Mourão, é Emerson Josias Menezes dos Santos, 32, o Buchecha, apontado como líder do
grupo. Ele teria sido trazido de
Mato Grosso do Sul pela facção
para organizar os ataques.
Além de Santos, Leandro
Pinto da Silva, 29, e Dione Merces Valtente foram presos em
flagrante por porte ilegal de arma e formação de quadrilha.
Detidos enquanto dormiam,
eles estavam escondidos havia
uma semana em uma casa alugada no Jardim Itaipu, bairro
afastado do centro da cidade.
Outros quatro suspeitos
-entre eles um adolescente e
uma mulher- estão sendo acusados de tráfico de drogas e
posse de munição. Até o final
da tarde de ontem, a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Presidente Prudente
reunia documentos para pedir
a prisão preventiva dos quatro.
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