São Paulo, sexta-feira, 21 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Presos suspeitos de integrar o PCC

Sete pessoas detidas são acusadas de participar de plano de resgate e de ataque a agentes prisionais

Operação de madrugada em Presidente Prudente, diz a PM, foi baseada em escuta telefônica cujo teor indicou os preparativos da facção


CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE

Sete pessoas foram presas na madrugada de ontem, em Presidente Prudente (SP). Elas são acusadas de fazer parte do PCC e de estarem na região para resgatar detentos da facção e atacar agentes penitenciários.
Os alvos seriam as penitenciárias de Presidente Bernardes, onde está Marcos Camacho, o Marcola, líder da facção, e a unidade 2 de Presidente Venceslau, que concentra cerca de 400 membros do grupo.
Na operação em que a Polícia Militar utilizou mais de 70 homens e um helicóptero, foram apreendidos armas, rádios sintonizados na freqüência da PM, celulares e um quilo de cocaína.
Os policiais começaram a revistar casas em dez bairros da cidade por volta das 5h. Algumas tiveram de ser arrombadas. Diálogos telefônicos interceptados pela Polícia Civil indicaram que o grupo estaria no oeste paulista -cujas unidades prisionais abrigam as principais lideranças do PCC.
Ontem, a Folha revelou que a descoberta do plano colocou a polícia da região em alerta desde o início da semana.
O delegado seccional de Presidente Prudente, Marcos Mourão, afirmou haver "provas substanciais" da ligação dos acusados com o plano que seria executado na região.
Segundo ele, os presos negaram fazer parte do PCC e disseram que estavam na região para roubar carros. Eles não haviam indicado advogado até o final de tarde de ontem.
Um dos presos, segundo Mourão, é Emerson Josias Menezes dos Santos, 32, o Buchecha, apontado como líder do grupo. Ele teria sido trazido de Mato Grosso do Sul pela facção para organizar os ataques.
Além de Santos, Leandro Pinto da Silva, 29, e Dione Merces Valtente foram presos em flagrante por porte ilegal de arma e formação de quadrilha. Detidos enquanto dormiam, eles estavam escondidos havia uma semana em uma casa alugada no Jardim Itaipu, bairro afastado do centro da cidade.
Outros quatro suspeitos -entre eles um adolescente e uma mulher- estão sendo acusados de tráfico de drogas e posse de munição. Até o final da tarde de ontem, a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Presidente Prudente reunia documentos para pedir a prisão preventiva dos quatro.


Texto Anterior: PF prende líder do tráfico do Rio em Praia Grande
Próximo Texto: A operação
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.