|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Condomínio que já alaga queria ampliar área
DE SÃO PAULO
No condomínio Sapê Suíça 3, alvo da divergência, a
água pode atingir a canela de
quem está no estacionamento em dias de chuva forte.
"Já acordei até de madrugada, preocupado com os
carros dos moradores", diz
Daniel Soares, 55, zelador.
Mesmo assim, não falta
quem queira construir cada
vez mais perto do córrego Jaboticabal -onde, após ser
parcialmente canalizado, as
inundações só pioraram.
Os problemas começam
com pequenas casas erguidas, de forma irregular, quase grudadas no curso d'água.
O condomínio, de 16 blocos e 288 apartamentos, também construiu uma quadra
de futebol de areia a menos
de cinco metros do córrego.
E planejava também salões de jogos e brinquedoteca quase no mesmo lugar.
"Desistimos. Vamos fazer
mais recuado", conta Daniel,
que recebeu a visita de técnicos para embargar as obras.
A expansão da área de lazer agora não vai ficar tão
perto do córrego, mas novos
prédios já começaram a ser
erguidos por uma construtora que tinha planos de vender apartamentos avaliados
entre R$ 155 mil e R$ 175 mil.
Há sinais de obra no local.
Funcionários dizem que elas
continuam porque estão a 30
metros do córrego -embora
outras áreas do condomínio
mais distantes sofram com as
chuvas. O dono nega.
POSTO
A obediência às normas do
Código Florestal mesmo em
áreas urbanas é defendida
pela Cetesb e também pelo
promotor José Eduardo Lutti,
ligado ao Meio Ambiente.
Em abril, a Cetesb negou a
licença de um posto de combustível na av. Abraão de Moraes 2.233, construído sem
sua autorização às margens
do córrego do Ipiranga. Motivo: parte do terreno estava a
menos de 30 metros da água.
A estatal, porém, atendeu
ao recurso do posto porque
diz que ele mostrou com fotos e documentos que a área
estava ocupada antes do Código Florestal. A obra, porém, foi embargada pela prefeitura, que apura a regularidade na concessão do alvará.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Saiba mais: Novo código pode facilitar ocupação Índice
|