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Defesa de Bruno diz que Eliza está viva
Segundo advogado, ex-amante não quer aparecer como forma de se vingar do goleiro acusado de assassinato
Advogado reafirma a inocência de Bruno e desqualifica inquérito da polícia de MG, que compara à Inquisição
DO RIO
Para a defesa do goleiro
Bruno Fernandes, 25, acusado pela polícia do assassinato da ex-amante Eliza Samudio, 25, a jovem está viva e,
por vingança, não quer aparecer para mantê-lo preso.
"Enquanto eu não verificar um atestado de óbito, enquanto não cotejar um exame de necropsia, essa moça
está viva", afirmou ontem à
radio CBN o advogado Ércio
Quaresma Firpe, que defende o jogador.
Questionado por que, então, Eliza -sumida desde o
início de junho- ainda não
apareceu, Quaresma disse
que "a maior vingança que
uma mulher pode fazer contra um homem" em qualquer
tipo de situação é deixá-lo na
"cadeia inocentemente".
Para ele, nem mesmo o filho de cinco meses, que está
sob a guarda da avó materna
em Campo Grande (MS), fará
Eliza aparecer. "Essa moça é
atriz pornô", disse.
Na investigação da Polícia
Civil de MG, Bruno é suspeito
de ter matado a ex-amante
devido à insistência para que
ele reconhecesse a paternidade da criança. A polícia se
baseia sobretudo em depoimentos de dois primos do goleiro, relatando como ela foi
sequestrada e assassinada.
Quaresma diz que o goleiro é inocente e desqualifica o inquérito da polícia mineira.
"O que está acontecendo
em Minas é coisa da Idade
Média. Inquisidores da Santa
Inquisição [tribunal medieval da Igreja Católica] iriam
ter aula [com os policiais]",
afirmou. "A polícia conseguiu fazer tanta besteira que
vão absolver Bruno." O defensor afirmou ainda, sem
dar detalhes, que apresentou
ontem a defesa de Bruno no
processo judicial no Rio, no
qual o jogador responde por
sequestro e cárcere privado
de Eliza, em outubro de 2009.
Na época, a ex-amante do
goleiro estava grávida de cinco meses e, por afirmar que
Bruno era o pai do bebê, teria
sido agredida pelo jogador e
por seu amigo, Luiz Henrique Romão, o Macarrão.
Eliza procurou a Delegacia
de Atendimento à Mulher
(Deam), mas o inquérito só
foi concluído e virou processo judicial em junho, com a
notícia de seu sumiço.
A Polícia Civil de Minas
anunciou ontem que pediu
exame de DNA num corpo
carbonizado, encontrado em
Cachoeira Paulista (SP), para
checar se pode ser de Eliza.
DELEGADAS
Afastadas, as delegadas
Alessandra Wilke e Ana Maria dos Santos participaram
ontem do depoimento de
Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno. Procurada, a polícia mineira informou que elas estão afastadas
da direção do inquérito, não
da investigação.
Colaborou RODRIGO VIZEU, de Belo Horizonte.
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