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SEBASTIÃO DA SILVA BARRETO (1918-2010)
Criou um movimento pró-poesia
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Para Sebastião da Silva
Barreto, a poesia era uma
paixão. Há 34 anos, ele fundou o MPN (Movimento Poético Nacional), que busca integrar vários tipos de arte, como canto, poesia e pintura.
Numa casa adquirida há
cerca de 12 anos, em São Paulo, o grupo organiza saraus.
Mineiro da cidade de Visconde do Rio Branco, Sebastião mudou-se para o Rio para estudar direito. Lá, conheceu a primeira mulher.
Depois, veio a SP, onde seguiu carreira, chegando a
procurador de Justiça. Passou por várias cidades do interior paulista, antes de se estabelecer na capital. Aposentou-se há mais de 20 anos.
De autoria sua, são cerca
de 15 livros, de poesia e direito. Deixou três obras inacabadas. Uma é a árvore genealógica da família Barreto, que
ele estava complementando.
No começo, viajou até Portugal, a fim de descobrir ramificações no clã. Ultimamente, pesquisava por telefone. Seu sonho era ter lançado seus últimos trabalhos.
No MPN, também dirigia o
jornal "A Voz da Poesia".
Após ficar viúvo há 15
anos, casou-se com Creusa,
que o conheceu ao contratá-lo como advogado para tratar
de seu divórcio. Com a pendenga jurídica encerrada, os
dois se reencontraram numa
floricultura e acabaram juntos. Creusa participa do MPN.
Sebastião teve câncer de
próstata, mas não deixava se
abater, diz a filha Regina. Dirigiu até uns dois anos atrás.
Na quarta, morreu aos 92,
após um infarto. Teve quatro
filhos (um morreu de câncer), oito netos e seis bisnetos. A missa de sétimo dia será hoje, às 20h, na igreja Santa Rita de Cássia, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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