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Procuradoria dá prazo para plano
DA ENVIADA ESPECIAL À PARAÍBA
A Procuradoria de Justiça da
Paraíba deu um prazo de 15 dias
para que as secretarias da Saúde
(municipal e estadual) apresentem planos de ações que garantam o atendimento integral no
SUS das mulheres durante a gravidez e no pós-parto.
O prazo original para a apresentação das propostas venceu há pelo menos um mês e meio, período
em que já ocorreram quatro novas mortes, e foi renovado.
Chamado de TAC (Termo de
Ajustamento de Conduta), esse
acordo está sendo monitorado
pelo movimento de mulheres da
Paraíba, por meio da Rede Feminista de Saúde (RFS).
Segundo Socorro Borges, da
RFS paraibana e membro do
Conselho Estadual de Saúde, é
fundamental investir em capacitação de profissionais de saúde e
implantar o sistema de referência
e contra-referência nos três níveis
de assistência: básica, secundária
e terciária. "É necessário discutir
esses três eixos e construir um
plano de ações articuladas, sintonizadas com os municípios."
O acordo prevê a implantação
imediata dos comitês de prevenção à morte materna, que, entre
outras funções, devem monitorar
e fiscalizar as atividades de vigilância epidemiológica para a redução da mortalidade.
O TAC assegura que os comitês
tenham estrutura (física e de pessoal) para tal tarefa. Até o momento, porém, os membros dos
comitês trabalham como voluntários e usam os próprios carros
para os deslocamentos, segundo
Gilberta Santos Soares, da ONG
Cunhã - Coletivo Feminista.
Outro problema, avalia, é a existência da cultura da notificação
das mortes maternas pelos hospitais. Na região de Campina Grande, por exemplo, há mortes que
aconteceram no início do ano e só
agora, com a criação do comitê, é
que foram investigadas e se tornaram públicas.
Todas essas questões devem ser
incluídas no relatório que será encaminhado à ONU por meio de
Clair Castilhos, relatora nacional
do Direito Humano à Saúde no
Brasil.
(CC)
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