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outro lado
Delegado diz ter ficado indignado com suspeita
DA REPORTAGEM LOCAL
O delegado Luís Augusto
Castilho Storni, promovido a
chefe da recém-criada Delegacia sobre Crimes de Lavagem
de Dinheiro e Ocultação de
Bens e Valores, não quis conceder entrevista à Folha.
Ao contrário do que fez na
semana passada, quando concedeu três entrevistas, Storni
disse que se manifestaria por
meio da assessoria de imprensa
da Secretaria da Segurança Pública. Oito questões foram enviadas à assessoria, mas nenhuma delas foi respondida até
o fechamento desta edição.
Na semana passada, Storni
disse: "Não tem inquérito específico para a Halex e a Embramed. Tem inquérito para apurar [o envolvimento] as prefeituras e fraudes nas prefeituras
e inquérito para investigar lavagem de dinheiro. Pode ser
que as duas [empresas] caiam
nesses dois inquéritos, mas não
tenho como te falar".
Após a Folha revelar o sumiço das empresas Halex e Embramed e seus donos da investigação, Storni enviou carta ao
jornal para contestar o texto.
"As condutas das pessoas físicas vinculadas à Embramed e
Halex (e referimo-nos às pessoas físicas, posto que em Direito Penal a responsabilidade
da pessoa jurídica é sempre excepcional), estão sim, diferentemente do alegado na matéria
publicada, sendo objeto de investigação em ambos os inquéritos, causando-nos, portanto,
estranheza e indignação o conteúdo da publicação, fruto, a
toda evidência, de motivos inconfessáveis", escreveu Storni.
O promotor José Reinaldo
Guimarães Carneiro, promovido recentemente a chefe do
Grupo de Atuação Especial de
Repressão ao Crime Organizado, disse que agiu dentro da lei
quando, ao oferecer denúncia à
Justiça, documentou que Halex e Embramed deviam ser alvo de inquéritos separados.
Quando foi questionado se
existiam ou não os inquéritos,
Carneiro respondeu: "Acho
que sim. A Embramed, não tenho certeza absoluta. A Halex
Istar, tenho certeza absoluta".
O procurador-geral de Justiça, Fernando Grella Vieira, disse que a atuação de Carneiro
foi legítima e que o que aconteceu foi uma "falha" da polícia.
José Clóvis Cabrera, diretor
executivo da Administração
Tributária, da Secretaria da Fazenda, disse confiar no trabalho de Antonio Carlos de Moura Campos. Segundo ele, o fato
de Moura ter o mesmo advogado de uma das empresas rés no
processo é "coincidência".
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