Em meio ao problema que determinou a suspensão da campanha de vacinação contra a raiva, as vacinas aplicadas pelas clínicas veterinárias, que custam entre R$ 15 e R$ 45, surgem como uma opção aos donos preocupados.
A Folha ligou para clínicas e pet shops que seguem imunizando normalmente. A explicação é que eles utilizam outras marcas de vacina. Não há casos de reações graves.
"Há animais alérgicos. Nesses casos, tomamos as medidas e o problema fica na ficha, para prevenção no próximo ano", diz Carla Berl, veterinária do Hospital Veterinário Pet Care, no Morumbi.
Ela ressalta a importância de o animal estar saudável para ser imunizado -e de receber as vacinas das doenças específicas de cada espécie.
À Folha a Secretaria Estadual da Saúde disse que o Centro de Vigilância Epidemiológica, com base em avaliação do Instituto Pasteur, afirma garantir que não há risco iminente da volta do vírus da raiva animal em razão da suspensão da campanha anteontem no Estado.
O motivo foi a morte de quatro gatos e dois cães por choque anafilático. Em um caso já foi constatada a relação entre a morte e a vacina -os outros estão em análise.
A variante do vírus que atinge cães e gatos, diz a secretaria, não circula no Estado desde 1998, "mesmo em anos em que a campanha foi atrasada ou adiantada".
Receberam vacina 121.691 animais -567 apresentaram reações, 38% graves. Apatia, febre, dor intensa e sonolência são os efeitos mais notados nos bichos, a maioria gatos e cães de pequeno porte.
Em nota, o Ministério da Saúde recomendou que a vacinação seja mantida em todo o país. Afirmou que a taxa de efeitos colaterais graves, por enquanto, é de 0,0029% e está abaixo da relatada na literatura internacional.


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