DA REPORTAGEM LOCAL

A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) inaugura hoje o Núcleo de Pesquisas em Doenças da Próstata, equipado e reformado com doações de empresas. De acordo com Miguel Srougi, professor titular de urologia da universidade, o centro, localizado na zona sul de São Paulo, irá realizar um trabalho pioneiro no Brasil: mostrar qual é, no país, o panorama dessas doenças.
"Um dos nossos objetivos é ter índices brasileiros e, com isso, ajudar os órgãos governamentais a definirem políticas públicas", afirma Srougi. Estimativas internacionais mostram, segundo o urologista, que 17% dos homens têm ou terão câncer na próstata -essa é a 2ª maior causa de morte por doença entre os homens no mundo. Outros 80% são ou serão atingidos pelo crescimento benigno da glândula.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), foram diagnosticados, em 2003, 35 mil casos de câncer da próstata, com 8.000 mortes. "A situação [da doença] está piorando. As pessoas estão vivendo mais e o número de casos aumenta", afirma o presidente da entidade, Walter Koff.
O núcleo da Unifesp também irá atender pessoas carentes. O centro é resultado de uma parceria entre a universidade, que alugou a casa onde foi instalado o projeto, e quatro empresas (Gradiente, Laboratórios Novartis, Vivo e Assolan), responsáveis pelos R$ 400 mil necessários para reformar e equipar o local.
E outra ação nessa área está prevista para o próximo mês: no dia 17, a SBU irá lançar, com o governo federal, o dia nacional de combate ao câncer de próstata.


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