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Escolha de nome de bebê vira caso de polícia no interior de SP
Fã de Sidney Sheldon, rapaz queria que o filho se chamasse Sheldon Augusto
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
A disputa pelo nome de uma
criança acabou virando caso de
polícia em Matão. O operador
de máquinas de bordado Sidney dos Santos, 30, fã dos livros
do escritor norte-americano
Sidney Sheldon, registrou boletim de ocorrência porque não
concordou com o nome que a
mãe da criança, a estudante
Franciele de Moura Marinho,
21, escolheu para registrar o filho deles.
O pai queria que o menino se
chamasse Sheldon Augusto. A
mãe o registrou como Luan Pedro. Os dois discutiram no cartório na última quinta-feira.
"Eu gostava muito de ler e
por causa do meu nome sempre
me chamaram na escola de Sidney Sheldon. E escolhi também
Augusto porque acho um nome
bonito, forte."
O bebê nasceu no último dia
10. O casal, que já tem uma filha
chamada Yasmin Vitória Marinho dos Santos, nunca morou
junto. Franciele e as crianças
moram com a mãe da estudante. A escolha de "Yasmin", que
tem um ano e dez meses, foi
consensual, mas não o nome
completo, conta o pai.
"Não queria Vitória. Foi a minha sogra quem quis". Ele disse
que está sofrendo, pois a sogra
impede que ele visite os filhos
-Franciele nega.
O nome do bebê já era motivo
de discussão desde a gravidez
de Franciele. O pai afirmou que
já estava combinado que a
criança se chamaria Sheldon
Augusto. "Mas a mãe da Franciele não gosta de mim e fez a
cabeça dela", disse.
Já Franciele contou uma versão diferente. Disse que, apesar
do desejo de Sidney, nunca
concordou com o nome Sheldon. "Escolhi Luan Pedro, porque minha mãe trabalha com
transporte escolar e eu sempre
fui apegada a um menino que
tinha esse nome."
A estudante disse que até
procurou uma alternativa.
"Propus, então, Sidney Sheldon, pelo menos ficava menos
estranho. Mas ele foi irredutível: "Quero Sheldon Augusto.'"
Funcionários do cartório
contaram que o casal chegou a
trocar tapas. Sidney tomou das
mãos da moça o documento da
maternidade. A estudante disse
que só recebeu o documento de
volta depois que Sidney tirou
um xerox e escreveu em cima
da folha original: "Sheldon Augusto dos Santos. Esse é o nome
que tínhamos combinado." E
assinou, ao final.
Como Franciele voltou sozinha, o cartório registrou o filho
apenas com seu sobrenome,
Marinho. Ela e Sidney serão
chamados em uma audiência
judicial para acertarem a paternidade. A mudança de nome,
entretanto, é difícil, segundo
Thiago Teixeira Varanda, funcionário do cartório."É preciso
dar uma explicação com um
motivo justo para o juiz e dependerá da interpretação dele".
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