Mais três vítimas foram confirmadas ontem; no Rio Grande do Sul, 22 cidades decretaram emergência

No Estado, 22 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas; em Curitiba (PR), um casal desapareceu após o transbordamento de um rio

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
DA AGÊNCIA FOLHA

Mais três mortes provocadas por temporais foram confirmadas ontem nos Estados do Sul. Já são oito mortos nesta semana na região em decorrência das chuvas -sete no Rio Grande do Sul e um em Santa Catarina. No Paraná, outras duas pessoas estão desaparecidas.
Até o começo da noite de ontem, cerca de 190 mil imóveis ainda estavam sem energia elétrica na região. No Rio Grande do Sul, 22 mil pessoas tiveram que deixar suas casas devido aos temporais. Neste mês, 22 cidades do Estado já decretaram situação de emergência. A Defesa Civil estadual estima danos em mais de 11 mil edificações em 38 cidades.
Um dos municípios mais atingidos é Dom Pedrito (439 km de Porto Alegre), onde o rio Santa Maria subiu sete metros acima do nível e obrigou mais de 2.000 pessoas a deixar suas casas, segundo a Defesa Civil.
Meteorologistas afirmam que a maioria dos municípios do Estado já recebeu entre 200 e 400 mm de chuvas no mês -a média histórica para novembro oscila entre 85 e 150 mm.
No sul do Estado, a medição alcançou 351 mm, quatro vezes o esperado para o mês. A causa de tanta chuva é a combinação do El Niño (aquecimento das águas do Pacífico), de frentes frias vindas da Patagônia e de massas de ar tropical vindas da Amazônia. Segundo a MetSul, empresa de meteorologia, a última vez que houve temporais tão frequentes no Estado foi em 1997 e 1998. A chuva deve continuar até amanhã.
Na quinta, ventos de até 130 km/h provocaram o desabamento de parte de uma escola em Cidreira, no litoral, ferindo 30 alunos. Também em Cidreira, morreu Vitor Hugo Silvestre, 45, no desabamento de sua casa. Em Candelária (184 km de Porto Alegre), Jéssica Sinara Tavares, 19, morreu atingida por um raio. Em Santa Catarina, em Tubarão (144 km de Florianópolis), Albertina Suete Escremin, 56, morreu ontem atingida por uma árvore. No Estado, cerca de 1.200 pessoas tiveram de deixar suas casas.
Em Curitiba, o rio Mossunguê transbordou e arrastou três carros -em um deles estava um casal, desaparecido.


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