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AIDS
411 municípios serão beneficiados pela nova medida
União fará repasse direto de verbas a cidades que concentram casos de Aids
TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO
Os 411 municípios onde estão
concentrados 95% dos casos de
Aids do país vão receber, a partir
de fevereiro, recursos diretamente do Ministério da Saúde, sem intermediação dos governos estaduais. Até este ano, apenas 150 cidades faziam parte do programa.
O aumento do número de municípios consta da portaria assinada anteontem pelo ministro da
Saúde, Barjas Negri, e que será
publicada na próxima segunda-feira no "Diário Oficial" da União.
A verba de R$ 100 milhões destinada ao Programa Nacional de
DST/Aids para o ano que vem será dividida entre os 411 municípios e as secretarias estaduais.
"A medida faz parte da estratégia de descentralização para reduzir a burocracia e expandir o serviço de prevenção no Brasil", afirmou o ministro, por meio de sua
assessoria de imprensa.
A portaria determina ainda que
as secretarias estaduais de Saúde
repassem 10% do total que recebem do Ministério da Saúde para
tratamento e prevenção de Aids e
DSTs (Doenças Sexualmente
Transmissíveis) para ONGs (organizações não-governamentais)
que trabalham no setor.
A escolha dos municípios, todos
com um mínimo de 50 casos de
Aids registrados nos últimos três
anos, foi baseada em três parâmetros: os dados epidemiológicos da
doença, a população e a importância do município na região.
O estudo que determinou os
municípios para o programa foi
feito pela UnB (Universidade de
Brasília).
Interiorização
Segundo o coordenador adjunto de DST/Aids do ministério,
Alexandre Grangeiro, "a epidemia está se interiorizando e tem
caminhado para municípios de
pequeno e médio porte".
Os 150 municípios que recebiam verba desde 1998 foram escolhidos pela taxa de incidência
da doença na cidade.
"Entraram todas as capitais e as
grandes cidades", afirmou Alexandre Grangeiro.
O Estado que tem mais municípios que vão receber os incentivos
do governo federal é São Paulo,
com 139 cidades. Dos 237.580 casos de Aids registrados no Brasil,
108.175 estão em São Paulo.
As cidades listadas para receber
os maiores incentivos no Estado
são, em ordem decrescente, São
Paulo, Guarulhos, Ribeirão Preto,
Campinas, Santos e São Caetano
do Sul.
Além dos R$ 100 milhões, a portaria também destinou R$ 2,8 milhões para os Estados comprarem
fórmula infantil para as crianças
cujas mães são soropositivas para
o HIV e não podem amamentar.
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