São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

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Vôos já têm atrasos antes mesmo do Natal

Até o fim da tarde, 41,7% dos vôos foram afetados; para a Anac, fechamento de Congonhas pela chuva foi uma das causas

Um dia após presidente da Anac prever tranqüilidade para o feriado, até a polícia teve de intervir para evitar briga por causa da espera

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO

Às vésperas dos feriados de final de ano e um dia após o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, prever "tranqüilidade" e "normalidade" neste período, os passageiros voltaram ontem a enfrentar atrasos de vôos nos aeroportos, longas filas e muita reclamação e bate-boca com funcionários das companhias aéreas -à noite, uma atendente da TAM em Congonhas (São Paulo) chamou a polícia. Segundo funcionários, ela teria sido agredida.
O balanço da Anac indicava que, entre 0h e 17h, 41,7% dos 1.202 vôos no país ultrapassaram os 60 minutos de atraso. Foram 501 vôos atrasados, além de 39 cancelados. Nos aeroportos de Confins (MG), Curitiba, Recife, Rio e Guarulhos, os atrasos atingiram mais de 50% dos vôos.
Problemas operacionais da TAM no Rio de Janeiro e o mau tempo em São Paulo anteontem provocaram os problemas, segundo a Anac.
Os atrasos no aeroporto Tom Jobim, no Rio, geraram atrasos subsequentes em aeroportos de outras cidades. A TAM divulgou nota que informava que seus vôos domésticos apresentaram atrasos médios de duas horas em razão de fatores climáticos e de manutenção não programada de aeronaves. No Rio, segundo a empresa, também houve interrupção na rede de dados, o que contribuiu para os atrasos.
Outro efeito cascata de atrasos aconteceu por causa do mau tempo anteontem à noite em Congonhas (zona sul de São Paulo). A tempestade provocou o fechamento do aeroporto duas vezes a partir das 19h15. O sentido das pistas de pouso e decolagem foram invertidas três vezes por causa dos ventos.
Em pleno horário de pico, os atrasos eram de duas horas em média. Ontem à tarde, Congonhas voltou a ficar fechado por cerca de 50 minutos devido ao mau tempo, segundo a Anac.
O efeito de Congonhas foi o principal fator do desarranjo dos vôos em todo o país. Ao longo do dia, o problema piorou com o gargalo no Rio.
Em princípio, o dia de caos não teve ligação com dificuldades no controle aéreo, segundo a Aeronáutica. Em outubro, os controladores de tráfego aéreo de Brasília iniciaram uma operação padrão, que reduziu o número de vôos acompanhados por funcionário, alegando questões de segurança.
O check-in da TAM era o mais congestionado em Congonhas. A fila formada por um grupo de 1.719 pessoas, clientes da Scania, se estendia do lado de fora do aeroporto. Todos vinham de um cruzeiro no litoral paulista e embarcariam em vôos fretados e regulares.
(KLEBER TOMAZ, FABIANE LEITE, LEILA SUWWAN)

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