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Vôos já têm atrasos antes mesmo do Natal
Até o fim da tarde, 41,7% dos vôos foram afetados; para a Anac, fechamento de Congonhas pela chuva foi uma das causas
Um dia após presidente da Anac prever tranqüilidade para o feriado, até a polícia teve de intervir para evitar briga por causa da espera
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
Às vésperas dos feriados de
final de ano e um dia após o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton
Zuanazzi, prever "tranqüilidade" e "normalidade" neste período, os passageiros voltaram
ontem a enfrentar atrasos de
vôos nos aeroportos, longas filas e muita reclamação e bate-boca com funcionários das
companhias aéreas -à noite,
uma atendente da TAM em
Congonhas (São Paulo) chamou a polícia. Segundo funcionários, ela teria sido agredida.
O balanço da Anac indicava
que, entre 0h e 17h, 41,7% dos
1.202 vôos no país ultrapassaram os 60 minutos de atraso.
Foram 501 vôos atrasados,
além de 39 cancelados. Nos aeroportos de Confins (MG), Curitiba, Recife, Rio e Guarulhos,
os atrasos atingiram mais de
50% dos vôos.
Problemas operacionais da
TAM no Rio de Janeiro e o mau
tempo em São Paulo anteontem provocaram os problemas,
segundo a Anac.
Os atrasos no aeroporto Tom
Jobim, no Rio, geraram atrasos
subsequentes em aeroportos
de outras cidades. A TAM divulgou nota que informava que
seus vôos domésticos apresentaram atrasos médios de duas
horas em razão de fatores climáticos e de manutenção não
programada de aeronaves. No
Rio, segundo a empresa, também houve interrupção na rede
de dados, o que contribuiu para
os atrasos.
Outro efeito cascata de atrasos aconteceu por causa do
mau tempo anteontem à noite
em Congonhas (zona sul de São
Paulo). A tempestade provocou
o fechamento do aeroporto
duas vezes a partir das 19h15. O
sentido das pistas de pouso e
decolagem foram invertidas
três vezes por causa dos ventos.
Em pleno horário de pico, os
atrasos eram de duas horas em
média. Ontem à tarde, Congonhas voltou a ficar fechado por
cerca de 50 minutos devido ao
mau tempo, segundo a Anac.
O efeito de Congonhas foi o
principal fator do desarranjo
dos vôos em todo o país. Ao longo do dia, o problema piorou
com o gargalo no Rio.
Em princípio, o dia de caos
não teve ligação com dificuldades no controle aéreo, segundo
a Aeronáutica. Em outubro, os
controladores de tráfego aéreo
de Brasília iniciaram uma operação padrão, que reduziu o número de vôos acompanhados
por funcionário, alegando
questões de segurança.
O check-in da TAM era o
mais congestionado em Congonhas. A fila formada por um
grupo de 1.719 pessoas, clientes
da Scania, se estendia do lado
de fora do aeroporto. Todos vinham de um cruzeiro no litoral
paulista e embarcariam em
vôos fretados e regulares.
(KLEBER TOMAZ, FABIANE LEITE, LEILA SUWWAN)
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