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Segurança de museu deve ter equipamento e pessoal qualificados, afirma especialista
RAFAEL TARGINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Especialistas ouvidos pela
Folha dizem que museus como
o Masp precisam tomar precauções adicionais quando a
questão é a segurança do acervo. Entre os cuidados, mais investimentos em equipamentos
e em qualificação de pessoal.
Para Eugênio Pacele, especialista em segurança de museus, um complexo como o
Masp, que "chama público",
precisa investir em sensores,
alarmes e câmeras de segurança. "Um local com as dimensões
do Masp não pode prescindir
disso. Um museu desse porte
precisa ter equipamentos e
pessoal qualificados", diz.
Pacele defende que os vigilantes tenham capacitação específica para ocupar o cargo em
museus. "O gestor de segurança
desses locais precisa ter a mesma qualificação de um gestor
de um banco", afirma.
Segundo ele, uma das medidas que administrações de museus como o Masp podem tomar para atenuar os problemas
de segurança é a de orientar
funcionários a não comentarem sobre o que há no acervo
fora do trabalho.
O especialista participou, em
novembro, de um evento em
Minas que discutiu justamente
a segurança em museus. Segundo Pacele, estavam presentes
dois integrantes do Masp. A assessoria do museu não confirmou a informação.
Para o diretor-presidente do
Comitê Brasileiro do Conselho
Internacional de Museus
(Icom), Carlos Roberto Brandão, a crise financeira pela qual
o Masp passa pode ter ajudado
a deixar o museu vulnerável.
"Com certeza, um museu que
não consegue pagar sua conta
de luz tem problema de recursos. Isso reflete em todas as
áreas -inclusive na segurança", afirma. "Não adianta simplesmente chamar uma empresa de segurança para cuidar do
museu. A questão é mais ampla:
tem que se ter cuidado com as
pessoas que entram nele", diz.
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