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PF prende 3 em ação antipedofilia na rede
Operação cumpriu 102 mandados em casas e escritórios de suspeitos de trocar ou fornecer imagens pornográficas pela internet
PF rastreou cerca de 3.800 acessos de computadores à internet em conexões para a troca de material em 78 países, 14 Estados e no DF
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal deflagrou
ontem a Operação Carrossel,
pela qual cumpriu 102 mandados de busca e apreensão em
casas e escritórios de pessoas
suspeitas de trocar ou fornecer
pela internet fotos e vídeos
contendo imagens de pornografia infantil e adolescente.
Até o começo da tarde, pelo
menos três pessoas haviam sido presas em flagrante -duas
em São Paulo e outra no Ceará.
É a quarta operação contra a
pedofilia no país, mas a primeira que a polícia executa a partir
de informações levantadas pela
corporação no país. A PF desenvolveu tecnologia própria
para rastrear os computadores.
As operações anteriores haviam sido com base em dados
fornecidos por outros países.
Ao todo, a PF rastreou cerca
de 3.800 acessos de computadores à internet em conexões
para a troca de material contendo imagens de pedofilia, em
78 países e 14 Estados no Brasil,
mais o Distrito Federal.
Segundo o delegado responsável pela operação, Adalton de
Almeida Martins, da Unidade
de Repressão a Crimes Cibernéticos, foram detectadas imagens de atos de abuso sexual de
crianças de até dois anos de idade aproximadamente.
O delegado afirmou que, nessa primeira fase da operação, a
polícia se concentrou somente
na tentativa de confirmar a troca de material com imagens de
pedofilia, o que constitui crime
pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente. A pena para o crime varia de dois a quatro anos.
Depois, a PF analisará o material para tentar identificar se
os atos de abuso sexual foram
cometidos pelos detentores das
imagens. Nesses casos, os crimes podem ser caracterizados
como atentado violento ao puder, com penas mais severas.
Os dados sobre computadores
de outros países serão encaminhados à Interpol.
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