São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2008

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"Passei a adotar pausas criativas ao escrever"

DA REVISTA DA FOLHA

Nada pior para um escritor do que uma folha ou uma tela em branco a ser preenchida quando a criatividade resolve tirar férias. "Brancos ocorrem com grande freqüência ao escrever uma obra longa e que exige continuidade, como as novelas de televisão", admite Manoel Carlos, 75, autor de grandes sucessos da teledramaturgia brasileira.
O primeiro branco de que Maneco se lembra, e que também considera o maior de todos, foi quando estava escrevendo "Sol de Verão", em 1982. Depois de passar parte do dia nessa agonia terrível, o autor recebeu uma ligação do filho, que recomendou ao pai uma "pausa criativa". Que andasse pela rua, se distraísse e se desligasse do problema. "Foi o que eu fiz. Voltei uma hora depois, e o capítulo fluiu", afirma.
Desde então, ele sempre adota pausas criativas -apesar de já ter pensado em jogar a toalha e em ser substituído, devido a momentos assim. "É muito angustiante", diz.


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