|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mais um suspeito do caso BC é assassinado
Acusado de ajudar a escavar túnel do maior assalto do país é encontrado em poço
Outros dois corpos foram achados em poço de 22 metros de profundidade -todos morreram por estrangulamento
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Três homens foram encontrados mortos anteontem dentro de um poço localizado em
um sítio em Santa Isabel
(Grande São Paulo).
Um dos corpos é de Anselmo
Oliveira Magalhães, 32, o Cebola, que chegou a ser preso pela
Polícia Federal sob acusação de
participar do furto ao Banco
Central de Fortaleza (CE), em
agosto de 2005, o maior do país.
Desde então, houve uma série de crimes nos quais acusados de participar do furto -e
familiares- foram vítimas.
Ao menos dois acusados foram assassinados: Luiz Fernando Ribeiro, o Fê (em outubro de 2005), e Evandro José
das Neves (outubro de 2006).
Existe a suspeita de que os
dois tenham sido mortos por
policiais civis paulistas interessados no dinheiro. Outras seis
pessoas investigadas por participação no furto ao BC ou ligadas aos suspeitos também foram vítimas de seqüestro.
Vizinhos
Anselmo Oliveira Magalhães
foi preso em novembro de
2006, acusado de ter ajudado a
escavar o túnel de 80 metros
até o cofre do BC, de onde foram furtados R$ 164 milhões.
Ele ficou preso no Ceará até o
dia 15 de dezembro passado,
quando foi libertado. Os outros
corpos são de Márcio Markoski
Simão e Quirino José Brito.
Segundo o delegado de Santa
Isabel, Jorge Vidal Pereira, os
três eram vizinhos em Arujá e
tinham registro na polícia por
roubo. Simão, diz o delegado,
também chegou a ser investigado por participação no caso BC.
Familiares contaram à polícia que os três desapareceram
na quinta-feira. Na tarde de sábado, o pai de um deles teria sido informado por telefone sobre a localização dos corpos.
A polícia chegou ao sítio (na
divisa entre Arujá e Santa Isabel) às 16h30. O poço onde os
três foram jogados tem 22 metros de profundidade. Segundo
o delegado, foram mortos por
estrangulamento. Além disso,
tinham mãos e pés amarrados.
"Não temos pistas dos assassinos. Mas acredito que possa
haver ligação com o furto ao
BC", disse o delegado.
Até a tarde de ontem a polícia
ainda não sabia de quem era o
sítio. A suspeita é de que era de
um dos mortos. No local também foram presas duas mulheres procuradas pela polícia,
mas o delegado descarta participação delas nos assassinatos.
Texto Anterior: Há 50 Anos Próximo Texto: Ônibus com 22 passageiros é assaltado em Petrópolis Índice
|