São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

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Mais um suspeito do caso BC é assassinado

Acusado de ajudar a escavar túnel do maior assalto do país é encontrado em poço

Outros dois corpos foram achados em poço de 22 metros de profundidade -todos morreram por estrangulamento


FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Três homens foram encontrados mortos anteontem dentro de um poço localizado em um sítio em Santa Isabel (Grande São Paulo).
Um dos corpos é de Anselmo Oliveira Magalhães, 32, o Cebola, que chegou a ser preso pela Polícia Federal sob acusação de participar do furto ao Banco Central de Fortaleza (CE), em agosto de 2005, o maior do país.
Desde então, houve uma série de crimes nos quais acusados de participar do furto -e familiares- foram vítimas.
Ao menos dois acusados foram assassinados: Luiz Fernando Ribeiro, o Fê (em outubro de 2005), e Evandro José das Neves (outubro de 2006).
Existe a suspeita de que os dois tenham sido mortos por policiais civis paulistas interessados no dinheiro. Outras seis pessoas investigadas por participação no furto ao BC ou ligadas aos suspeitos também foram vítimas de seqüestro.

Vizinhos
Anselmo Oliveira Magalhães foi preso em novembro de 2006, acusado de ter ajudado a escavar o túnel de 80 metros até o cofre do BC, de onde foram furtados R$ 164 milhões.
Ele ficou preso no Ceará até o dia 15 de dezembro passado, quando foi libertado. Os outros corpos são de Márcio Markoski Simão e Quirino José Brito.
Segundo o delegado de Santa Isabel, Jorge Vidal Pereira, os três eram vizinhos em Arujá e tinham registro na polícia por roubo. Simão, diz o delegado, também chegou a ser investigado por participação no caso BC.
Familiares contaram à polícia que os três desapareceram na quinta-feira. Na tarde de sábado, o pai de um deles teria sido informado por telefone sobre a localização dos corpos.
A polícia chegou ao sítio (na divisa entre Arujá e Santa Isabel) às 16h30. O poço onde os três foram jogados tem 22 metros de profundidade. Segundo o delegado, foram mortos por estrangulamento. Além disso, tinham mãos e pés amarrados.
"Não temos pistas dos assassinos. Mas acredito que possa haver ligação com o furto ao BC", disse o delegado.
Até a tarde de ontem a polícia ainda não sabia de quem era o sítio. A suspeita é de que era de um dos mortos. No local também foram presas duas mulheres procuradas pela polícia, mas o delegado descarta participação delas nos assassinatos.


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