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Centro de compras de luxo bane praça de alimentação
DA REPORTAGEM LOCAL
Voltado para um público assumidamente "bem de vida" e
consumidores AAA, os megamilionários, por definição, o
projeto do shopping Cidade
Jardim, com inauguração prevista para março deste ano, é
inspirado no Bal Harbour
Shops de Miami, com corredores a céu aberto.
Praça de alimentação? Nem
pensar. O lugar terá apenas cinco restaurantes, todos projetados com vista para o rio Pinheiros, um deles da rede Fasano,
que também abrirá um supermercado com o nome da família para fazer frente à Casa Santa Luzia e ao Empório
Santa Maria.
Com apenas 120 lojas (os
shoppings Ibirapuera e Morumbi têm pouco mais de 400),
o Cidade Jardim faz segredo
em volta do chamado "mix" de
lojas, mas já se sabe que grifes
inéditas no país, como Hermès
e Gucci, vão abrir pontos ali. E
outras de igual prestígio (e preço): Chanel, Armani, Louis
Vuitton, Ermenegildo Zegna,
Montblanc e altas-costuras dos
brasileiros Reinaldo Lourenço
e Carlos Miele. A âncora é a
multimarcas Daslu.
Diferentemente de todos os
outros shoppings, que lançam
venda dos espaços por meio de
corretores, o Cidade Jardim selecionou, por convite, as lojas
que queria que estivessem no
centro de compras. O estacionamento, com 1.400 vagas, terá
2,70 metros de largura, 20 cm
além da medida-padrão.
"Fizemos um processo diferente. Selecionamos as lojas
que queríamos", diz Sharon Beting, diretora do shopping.
Crescimento
Para Silvio Passarelli, professor do MBA em gestão de luxo
da Faap, "o mercado de luxo
não ocupa nem 35% do potencial de vendas no Brasil".
"Do ponto de vista mercadológico não acredito que haja
uma tendência de esgotamento. Ainda há fôlego para crescer
uma década", afirma.
"Atravessar a ponte é complicado, São Paulo não tem trânsito para isso. Os ricos de Higienópolis não vão até lá", diz Eliane Monetti, professora do núcleo de Real Estate da USP, que
estuda negócios imobiliários.
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