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NATALIDADE
Município paga operação
Apoio à vasectomia gera crítica da igreja no RS
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SAPUCAIA DO SUL (RS)
A Prefeitura de Sapucaia do Sul
(RS) entrou em atrito com a Igreja
Católica ao adotar, nos últimos 15
meses, a vasectomia como instrumento público e gratuito de controle da natalidade no município.
Um total de 762 homens se submeteram à cirurgia. O arcebispo
de Porto Alegre, dom Dadeus
Grings, classificou a medida de
"mutilação".
O sistema adotado pelo município gaúcho estabelece que a prefeitura pague R$ 150 ao médico
para a realização da cirurgia. Trata-se do valor previsto para uma
intervenção pelo SUS (Sistema
Único de Saúde), mas o encargo
fica mesmo por conta da administração -não se pede reembolso ao SUS.
Com anestesia local, a cirurgia
dura dez minutos. É feita uma
abertura de no máximo meio centímetro na pele. Os canais que
conduzem os espermatozóides
são cortados e cauterizados. O homem não fica com cicatriz.
Município da região metropolitana de Porto Alegre (19 km da capital gaúcha), Sapucaia do Sul
tem 123 mil habitantes (60 mil do
sexo masculino) e economia centrada na indústria.
O secretário municipal da Saúde, Paulo Borges, diz que houve
pedidos de casais para a vasectomia. "Trabalhamos os projetos
segundo a demanda. Normalmente, é a mulher que pede. Fazemos, então, uma reunião com o
casal, e os dois assinam um termo
de compromisso", conta.
Em 2004, nasceram 2.000 crianças no município.
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