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OUTRO LADO
Associação critica bibliotecas
DA REPORTAGEM LOCAL
A ABDR (associação que representa as editoras) afirma que pretende conhecer o movimento dos
estudantes universitários que defende a cópia de livros, mas avalia
que a proposta não discute o principal problema dessa questão.
"Temos de ver como está o acesso ao conhecimento. Com as bibliotecas mal equipadas, os alunos são obrigados a recorrer às
cópias", afirma o advogado da associação, Dalton Morato -ele foi
escolhido pela presidência da entidade para falar sobre o assunto.
De acordo com os cálculos da
ABDR, o setor perde anualmente
R$ 400 milhões devido às fotocópias (mesmo valor do faturamento das editoras). "Com as perdas
nas vendas, as editoras têm menos interesse em publicar as
obras", declara Morato.
A entidade afirma que a tiragem
média das obras era de 5.000
exemplares há cinco anos, número que caiu para mil atualmente.
Em um círculo vicioso, menos
exemplares fazem com que o preço dos livros suba, dificultando o
acesso às obras.
Morato refuta a posição de que
as bibliotecas não têm como atender totalmente aos alunos. "Não
precisa ter uma obra para cada
um, nem todos pegam o livro ao
mesmo tempo. Um livro para cada dez estudantes já é razoável",
diz o representante. "Além disso,
faltam até livros padrões [usados
durante todo o semestre ou o
ano], que custam só R$ 50."
A associação lançou em outubro do ano passado campanha
que dá 40% de desconto no preço
dos livros para as bibliotecas. O
retorno até agora foi tímido: apenas 20 instituições adquiriram livros pelo programa, apresentado
a cerca de 400 escolas.
(FT)
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