São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Associação critica bibliotecas

DA REPORTAGEM LOCAL

A ABDR (associação que representa as editoras) afirma que pretende conhecer o movimento dos estudantes universitários que defende a cópia de livros, mas avalia que a proposta não discute o principal problema dessa questão.
"Temos de ver como está o acesso ao conhecimento. Com as bibliotecas mal equipadas, os alunos são obrigados a recorrer às cópias", afirma o advogado da associação, Dalton Morato -ele foi escolhido pela presidência da entidade para falar sobre o assunto.
De acordo com os cálculos da ABDR, o setor perde anualmente R$ 400 milhões devido às fotocópias (mesmo valor do faturamento das editoras). "Com as perdas nas vendas, as editoras têm menos interesse em publicar as obras", declara Morato.
A entidade afirma que a tiragem média das obras era de 5.000 exemplares há cinco anos, número que caiu para mil atualmente. Em um círculo vicioso, menos exemplares fazem com que o preço dos livros suba, dificultando o acesso às obras.
Morato refuta a posição de que as bibliotecas não têm como atender totalmente aos alunos. "Não precisa ter uma obra para cada um, nem todos pegam o livro ao mesmo tempo. Um livro para cada dez estudantes já é razoável", diz o representante. "Além disso, faltam até livros padrões [usados durante todo o semestre ou o ano], que custam só R$ 50."
A associação lançou em outubro do ano passado campanha que dá 40% de desconto no preço dos livros para as bibliotecas. O retorno até agora foi tímido: apenas 20 instituições adquiriram livros pelo programa, apresentado a cerca de 400 escolas. (FT)


Texto Anterior: Educação: Universitários lançam frente pró-xerox
Próximo Texto: Educação improvisada: Quadra vira sala de aula no interior
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.