São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Texto Anterior | Índice

TURISMO

Objetivo da Prefeitura de São Paulo é que visitante passe mais tempo na cidade

Táxi terá "kit turista" em 8 línguas

LUÍSA BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Taxistas de São Paulo receberão da prefeitura da cidade um "kit turista" para poder assessorar melhor as pessoas de fora que visitam a capital.
O kit é formado por dois CDs. Um deles trará uma saudação de boas-vindas ao turista gravada em oito idiomas (português, japonês, chinês, italiano, alemão, francês, espanhol e inglês).
O segundo CD contém 31 faixas com informações sobre roteiros culturais e atividades de entretenimento na cidade. O objetivo é que o taxista dê dicas de passeio ao passageiro que vem de outra cidade, fazendo com que fique mais tempo em São Paulo.
A maior parte dos 7,5 milhões de turistas que visita a cidade anualmente vem por motivo de trabalho e passa em média três dias na capital.
Há cerca de 33 mil taxistas no município. No entanto, só serão distribuídos 20 mil kits. Segundo a São Paulo Turismo, que produziu o material -ao custo de R$ 140 mil-, apenas uma parte dos motoristas tem contato com turistas. A distribuição será feita pelo sindicato dos taxistas e pela Associação das Empresas de Táxi de Frota do Município de São Paulo.
"O taxista é o primeiro contato do turista com a cidade. Hoje, um destino, para ser receptivo, precisa capacitar bem as pessoas", afirma o presidente da São Paulo Turismo, Caio Luiz de Carvalho, "Ele pode "vender" melhor a cidade", completa Giovanni Romano, do sindicato dos taxistas.
A São Paulo Turismo também pretende promover cursos de capacitação para os taxistas e até dar desconto aos profissionais em eventos promovidos pelo poder municipal para que tenham chance de conhecer melhor a programação cultural.
Alguns turistas que aguardavam um táxi ontem no desembarque do aeroporto de Congonhas aprovaram a idéia. "Tenho vontade de conhecer algo sobre a parte histórica de São Paulo", disse o auxiliar de eventos Alexandre Camargo, 22, que mora no Rio e costuma viajar para São Paulo a trabalho. "O CD poderia dar dicas de locais diferentes e curiosidades sobre a cidade", comentou o bancário James Gerber, 42, que é de Curitiba e vem à capital paulista uma vez a cada dois meses.
O taxista Nascimento da Silva, 42, que trabalha no aeroporto há 16 anos, diz acreditar que poderá aprender mais sobre a cidade por meio do CD. "Tudo que pode instruir o taxista é bem-vindo."


Texto Anterior: Bloco em Ouro Preto terá limite de 2.000 foliões
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.