São Paulo, domingo, 22 de março de 1998

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Guia não pára nas cidades

da Revista

Mochila nas costas, 24 vôos internacionais por ano e, no máximo, cinco dias de permanência na mesma cidade. Nada de projetos urbanos, programas de computação gráfica ou pranchetas. A rotina do arquiteto Moacir Cláudio Ramos, 42, mudou depois que ele virou guia turístico na Ásia.
Em 87, Moacir largou o cargo de engenheiro de tráfego da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para morar com a namorada em Londres. Ele já tinha 31 anos. Deixou para trás um salário que equivaleria hoje a R$ 3.000, o apartamento mobiliado, o carro e a sociedade em uma pizzaria.
Foram seis anos viajando pelo mundo. Em 93, decidiu voltar para o Brasil para abrir um bar na Vila Madalena. O empreendimento não deu certo. Aos 37 anos, teve de voltar a morar com os pais.
Depois de vários contatos com amigos, Moacir conseguiu o emprego de guia turístico na Ásia. "Fiquei um ano na expectativa e depois deu certo."
Ramos ainda ganha um pouco menos do que seria seu salário na CET, mas só precisa de US$ 350 por mês para viver bem na Ásia.




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