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Guia não pára nas cidades
da Revista
Mochila nas costas, 24 vôos internacionais por ano e, no máximo, cinco dias de permanência na
mesma cidade. Nada de projetos
urbanos, programas de computação gráfica ou pranchetas. A rotina do arquiteto Moacir Cláudio
Ramos, 42, mudou depois que ele
virou guia turístico na Ásia.
Em 87, Moacir largou o cargo de
engenheiro de tráfego da CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) para morar com a namorada em Londres. Ele já tinha 31
anos. Deixou para trás um salário
que equivaleria hoje a R$ 3.000, o
apartamento mobiliado, o carro e
a sociedade em uma pizzaria.
Foram seis anos viajando pelo
mundo. Em 93, decidiu voltar para o Brasil para abrir um bar na
Vila Madalena. O empreendimento não deu certo. Aos 37 anos, teve
de voltar a morar com os pais.
Depois de vários contatos com
amigos, Moacir conseguiu o emprego de guia turístico na Ásia.
"Fiquei um ano na expectativa e
depois deu certo."
Ramos ainda ganha um pouco
menos do que seria seu salário na
CET, mas só precisa de US$ 350
por mês para viver bem na Ásia.
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