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ANTÔNIO JOSÉ PATERNIANI (1961 - 2008)
Tonzé, o grande do basquete paulista
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Não se falou de outra coisa
nas quadras do interior de
São Paulo tão logo chegou a
notícia sobre Tonzé. Houve
quem dissesse que, sem o
"Bernardinho do basquete",
o esporte não seria o mesmo.
Fato é que Antônio José Paterniani deixou as quadras
para entrar para a história
-ao menos, a história do
basquete paulista.
Nasceu em Santa Rosa de
Viterbo (SP), sem nem sonhar com basquete. "Eu nem
sabia o que era isso direito",
disse em uma entrevista. Foi
quando se mudou para Franca, aos dez, que conheceu o
esporte; na escola, com um
professor de educação física,
percebeu o gosto pela coisa.
A carreira como jogador
começou nos anos 80, no time de Franca. Entre idas e
vindas pelo interior, deixou
as quadras nos anos 90 para
sentar no banquinho de técnico, como assistente de Jorge Guerra na equipe de Ribeirão Preto. Passou por outros times do interior, até receber, em 2001, o convite do
Uniara, de Araraquara.
Com novas contratações,
refez a estratégia do time e os
títulos surgiram: vice-campeão paulista em 2001; vice-brasileiro e paulista em
2002; campeão dos Jogos
Abertos do Interior em 2002
e 2003. Tonzé foi então para
o Araraquara e depois para o
Universo/Brasília.
O câncer, porém, foi mais
forte. Morreu na sexta, aos
47. "É um dia de luto para o
basquete", disse um jogador
do time que, naquele dia, entrou na quadra com uma tarja preta na camisa.
obituario@folhasp.com.br
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