São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 2011 |
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Bebê deixado em caçamba tem fila para ser adotado Enfermeiras e até policial que fez o resgate querem se candidatar a ser pais da criança abandonada no lixo Para Conselho Tutelar, prioridade é de parentes sanguíneos, mas polícia não sabe se mulher que largou o neném é a mãe FERNANDO GALLO DE SANTOS LUIZA BANDEIRA DE SÃO PAULO O caso da menina abandonada em uma caçamba de lixo em Praia Grande (71 km de São Paulo) causou tanta comoção que até o policial que participou do resgate e as enfermeiras que cuidaram dela no hospital querem adotar a criança, segundo o conselho tutelar do município. "Muita gente procurou o conselho. O próprio policial que pegou a menina disse: "Ela é linda, eu queria adotar". As enfermeiras, quando estive no hospital, perguntaram sobre como adotá-la", afirmou o conselheiro tutelar Carlos Eduardo Barbosa, um dos responsáveis pelo caso. Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que uma mulher deixou a menina na caçamba de lixo, na noite de segunda. Minutos depois, um catador aparece revirando o entulho e, assustado, encontra a criança. O homem foi até uma escola próxima e chamou um professor, que retirou a bebê do local. Segundo o conselheiro, a prioridade é que a criança fique com sua própria família. "As outras pessoas que têm vínculo sanguíneo não têm culpa do que a mãe fez." A polícia, no entanto, não sabe se a mulher que deixou a criança é a mãe e não tem informações sobre os pais. Se a família não for localizado ou se não quiser ficar com a menina, ela entrará no Cadastro Nacional de Adoção. Quem já está na fila de espera terá prioridade. SAÚDE Segundo o hospital Irmã Dulce, onde o bebê está internado, ele passa bem e deve sair da UTI até domingo. A menina, segundo a assessoria do hospital, pesa 2,5 kg e tem cerca de 10 dias de vida. O professor que ajudou a resgatar o bebê, Julio Campanholo, 32, disse ontem que não acreditou que se tratava de uma criança quando foi alertado pelo catador. "É difícil pensar que uma mãe pudesse fazer isso." Segundo ele, a recém-nascida estava enrolada em um saco plástico e um pano de chão e não se mexia. "Ela estava roxa e não chorava, não dava sinal de vida. Achei que estava morta", afirmou. O professor disse acreditar que ela havia sido deixada em outro lugar antes de ser abandonada ali. O caso foi registrado pela polícia como "abandono de incapaz". Texto Anterior: Bandido obriga casal a ficar nu para fotos Próximo Texto: Debate: Folha promove evento para discutir o desarmamento Índice | Comunicar Erros |
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