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SAÚDE
Centro cirúrgico de instituição pública do Distrito Federal estava em "péssimas condições", segundo Vigilância Sanitária
Hospital é proibido de realizar transplantes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Desde 30 de abril, o Hospital de Base do Distrito Federal está proibido de realizar transplantes devido às péssimas condições de seu centro cirúrgico, que apresentava infiltrações no teto e nas paredes e acúmulo de sujeira nas tubulações do sistema de ventilação.
As irregularidades foram constatadas em uma inspeção da Vigilância Sanitária do Distrito Federal, realizada para renovar a autorização para transplantes do hospital no Ministério da Saúde. A renovação da autorização é feita a
cada dois anos.
Devido ao resultado da inspeção, o Departamento de Sistemas
e Redes Assistenciais do Ministério da Saúde não renovou a credencial do hospital para a realização de transplantes.
O Hospital de Base, o único da
rede pública do DF que realiza
transplantes com doadores vivos
e mortos, faz esse tipo de cirurgia
desde 1982 e no ano passado realizou 66 transplantes. Em 2000, foram feitos 96 transplantes.
De acordo com o secretário de
Saúde do DF, Paulo Kalume, os
problemas no centro cirúrgico
ocorreram devido ao desgaste natural da estrutura, utilizada há 20
anos. Para Kalume, ainda não
houve prejuízo para os doentes
que aguardam transplante, pois,
desde o início da proibição, nenhum órgão foi doado. Segundo
ele, se algum órgão tivesse sido
doado, o paciente teria sido transferido para outro hospital.
Segundo o secretário, foram feitas reformas nas instalações elétricas e hidráulicas e nas tubulações do sistema de ventilação. A
Secretaria de Saúde lançou mão
de uma verba emergencial de R$
100 mil para realizar a reforma.
Das 16 salas do centro cirúrgico,
cinco ainda não foram reformadas, mas, segundo Kalume, como
não são usadas para transplantes,
a licença poderá ser renovada.
Kalume disse que iria hoje ao Ministério da Saúde pedir a liberação do centro, pois os problemas já teriam sido resolvidos.
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