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Universitário é preso no Rio com 41 mil pílulas de ecstasy
PF prende jovem de 26 anos no aeroporto internacional do Rio; ele vinha de Amsterdã
Estudante também levava, segundo a polícia, 17.600 pontos de LSD e 310 gramas de Skunk (tipo de maconha), num total de R$ 4 milhões
Hipolito Pereira/Agencia O Globo
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Comprimidos de ecstasy e pontos de LSD apreendidos no Rio
MALU TOLEDO
DA SUCURSAL DO RIO
Na maior apreensão de ecstasy feita pela Polícia Federal
no Rio, um universitário brasileiro foi preso sob acusação de
transportar 41 mil comprimidos da droga no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), na zona norte.
A droga, avaliada em R$ 4 milhões, de acordo com a PF, estava na mala de José Luiz Aromatis Netto, 26, que vinha de Amsterdã, na Holanda. O rapaz vai
responder à acusação de tráfico
internacional de drogas.
Segundo o delegado Agostinho Cascardo, o jovem preso é
estudante de publicidade e mora no Recreio dos Bandeirantes
(zona oeste do Rio). Netto foi
preso em flagrante ao tentar
pegar a mala na esteira.
Os 41 mil comprimidos de
ecstasy apreendidos valem cerca de R$ 2 milhões. Cada um
custa R$ 50. Além da grande
quantidade de ecstasy, havia
17.600 pontos de LSD e 310
gramas de Skunk, uma maconha geneticamente modificada, mais forte e mais cara, avaliados em R$ 2 milhões pela PF.
No ano passado, a PF prendeu 74 pessoas por suspeita de
tráfico no aeroporto e chegou a
apreender, de uma só vez, 30
mil comprimidos de ecstasy.
Neste ano, 63 pessoas já foram
presas pela PF.
Segundo os agentes da Polícia Federal, as drogas foram detectadas na mala durante a inspeção com uso de raios-X, em
uma operação de rotina.
Os comprimidos de ecstasy
estavam todos em um saco
plástico, pesando 11,4 quilos. O
Skunk também estava concentrado em um único saco plástico e as cartelas de LSD estavam
misturadas a roupas e objetos
pessoais. Segundo o delegado
Agostinho Cascardo, a mala tinha a identificação de Netto.
Aromatis Netto prestou depoimento na delegacia de manhã na Polícia Federal do Galeão, onde seu advogado esteve
à tarde. O estudante foi transferido à tarde para a Polinter
(unidade da Polícia Civil). O
conteúdo do depoimento não
foi divulgado pelo delegado que
cuida do caso.
Confissão
Segundo o delegado Agostinho Cascardo, Aromatis confessou no depoimento que as
drogas eram dele.
Cascardo disse que, a exemplo do que ocorre com a maioria dos presos por drogas no aeroporto, o universitário afirmou que era a primeira vez que
trazia drogas da Europa. As
drogas sintéticas são trazidas
na maioria das vezes da Holanda, de acordo com o delegado.
Se condenado, a pena de Aromatis Netto pode ir de cinco a
15 anos de prisão. A Folha tentou falar com a família e com o
advogado do universitário, mas
não havia obtido contato até a
conclusão desta edição.
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