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Maranhão registra mais uma morte
RENATA BAPTISTA
GUSTAVO HENNEMANN
DA AGÊNCIA FOLHA
Mais uma morte em razão das chuvas foi confirmada pela Defesa Civil do
Maranhão, elevando a 13 o
total de vítimas no Estado.
Na manhã de ontem, o
corpo de um homem que
estava desaparecido havia
quatro dias no rio Mearim
foi encontrado em Bacabal
(a 255 km de São Luís).
Os temporais já obrigaram mais de 300 mil pessoas a sair de casa e causaram 32 mortes no Nordeste -o Ceará, que divulgara
12 óbitos e resolveu rever a
estatística, ainda não tem
o número exato. Nos nove
Estados da região, 238
municípios decretaram situação de emergência.
Em Trizidela do Vale
(MA), que está com cerca
de 80% das casas embaixo
d'água, um dos reflexos
das enchentes é a alta dos
preços. Segundo o empresário Paulo Maratá, 46, o
quilo do tomate, normalmente a R$ 4, sai hoje por
R$ 8. O botijão de gás passou de R$ 34 para R$ 50.
O comerciante de ovos
Eugênio Sampaio, 53, afirma que uma caixa com
360 unidades, antes vendida a R$ 37, passará a custar R$ 62 a partir de hoje.
Segundo ele, o preço foi
inflacionado devido às dificuldades no transporte
do produto, antes feito por
caminhão e agora por barcos, e há muita perda de
material no trajeto. "Na
semana passada estava
transportando 30 caixas e
11 delas caíram no rio."
A inflação forçada não
reduziu a procura pelo
produto, diz. "Os preços da
carne aumentaram ainda
mais, então as pessoas estão comprando mais ovos.
Compra quem pode. Infelizmente é assim."
No Maranhão, a entrega
de comida a quem está fora de casa vem sendo feita
por cinco helicópteros cedidos pelo governo do Estado e por órgãos federais.
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