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Onze vítimas do Airbus da Air France são identificadas
Nomes de brasileiros, cinco mulheres e cinco homens, e de um estrangeiro do sexo masculino não foram divulgados
Confirmação foi baseada em impressões digitais e arcada dentária; famílias foram avisadas pessoalmente e pediram sigilo de identidades
MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
As primeiras identificações
de corpos de vítimas do acidente com o Airbus da Air France
foram feitas pelo IML de Recife. Entre os 11 passageiros identificados, dez são brasileiros e
um estrangeiro -a nacionalidade ainda não foi revelada.
O avião sumiu no dia 31 de
maio, em um ponto próximo a
Fernando de Noronha (PE).
Dos brasileiros identificados,
cinco são homens e cinco são
mulheres. O único estrangeiro
identificado até o momento é
do sexo masculino.
As identificações foram feitas com base em impressões digitais e arcada dentária. As famílias, que foram informadas
pessoalmente, pediram que os
nomes não fossem revelados.
A falta de informações de referência de estrangeiros explica a diferença no total de identificados. A Interpol (polícia internacional) reúne esses dados.
A Secretaria de Defesa Social
de Pernambuco espera receber
informações biométricas das
vítimas estrangeiras, como altura e eventuais tatuagens e cicatrizes. Também devem ser
enviados registros de impressões digitais e arcadas.
As equipes de busca já resgataram 50 corpos de vítimas
-no IML, há 49 corpos, 38 à espera de identificação.
O 50º corpo deve chegar a
Recife a bordo do navio brasileiro Gastão Motta. A embarcação transporta também uma
pequena quantidade de destroços e bagagens.
As identificações foram realizadas por uma equipe de peritos formada por especialistas
da Polícia Federal e de três Estados. O trabalho deles é acompanhado por um representante
da Interpol e por um médico-legista francês. O exame dos
corpos é atribuição brasileira.
O diretor do BEA, órgão francês que investiga o acidente,
Paul-Louis Arslanian, reclamou nesta semana que os peritos franceses não estavam tendo acesso aos laudos das autópsias. A PF nega impedimento.
A Aeronáutica decidiu que a
aeronave R-99, equipada com
um radar e especializada em
buscas noturnas, deixará de ser
usada, uma vez que a área que
concentra os destroços já foi
"bem delineada". Agora, as buscas serão realizadas apenas por
meios visuais.
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