|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Empresas vigiam suas marcas nas redes sociais
Queixa feita no Twitter tem resposta rápida
JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO
No aeroporto, prestes a
embarcar, um cliente do banco Itaú se deparou com o caixa eletrônico quebrado. Em
vez de se irritar, achou melhor tuitar. Em pouco tempo,
o problema estava resolvido.
Isso porque cada menção
que se faça a uma marca nas
redes sociais está sendo atentamente vigiada pelas empresas, como conta o diretor
executivo de marketing do
banco, Fernando Chacon.
"Nossa equipe detectou
uma reclamação de um problema que o software que
monitora os caixas não tinha
detectado. Consertamos e
respondemos ao cliente, que
nos agradeceu via Twitter."
Hoje, empresas de quase
todos os segmentos monitoram blogs, Twitter, Orkut e
Facebook com softwares e
equipes específicas, conforme constatou o designer Miguel Andrade, 33.
Ao se deparar com um rato
agonizante no setor de rações do Extra de Jundiaí, fotografou a cena e a publicou
em seu blog e no Twitter.
Três dias depois, o Extra
entrou em contato por e-mail, apontou soluções e, segundo o designer, cumpriu.
Alessandro Barbosa Lima,
presidente da E.life, que desenvolveu dois softwares de
monitoramento de redes sociais, explica que os programas são usados para verificar a qualidade de campanhas publicitárias e atendimento em pontos de venda.
"Hoje, se a fila do check-in
não anda, o cliente tuíta dali
mesmo. É o SAC [Serviço de
Atendimento ao Consumidor] 2.0", diz o executivo.
Embora as empresas afirmem não dar preferência às
redes, Lima diz que elas estão cada vez mais preocupadas com a rapidez com que a
publicidade negativa se espalha pela rede.
"A propaganda boca a boca sempre existiu, mas era
restrita. Agora, cada "tweet",
cada postagem tem efeitos
em grande escala", diz Lima.
Texto Anterior: Rebouças tem faixa dupla Próximo Texto: FOLHA.com Índice
|