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São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2003

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Movimento já ocupava outros prédios

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

O MSTC (Movimento dos Sem-Teto do Centro) já mantinha ocupações em quatro edifícios do centro, totalizando 457 famílias, segundo Eudete Rodrigues da Silva, uma das coordenadoras do grupo. Ela estima que 12 mil famílias sejam ligadas à entidade.
Os coordenadores do movimento fazem críticas à política habitacional da prefeitura. "Sabemos das dificuldades, mas queremos um trabalho mais amplo", afirmou Maria Jaira Coelho de Andrade, 40, que é filiada ao PT.
Os interessados em participar das invasões lideradas pelo MSTC deveriam pagar R$ 3,40 cada, dinheiro que bancou os ônibus que levaram os sem-teto aos prédios.
A direção da UMM (União dos Movimentos de Moradia) informou que soube da intenção dos sem-teto, mas decidiu não participar porque está negociando com a administração estadual.
Em 2002, os grupos de sem-teto chegaram a negociar com a prefeitura a ocupação de famílias em 16 prédios, que seriam comprados com recursos da Caixa Econômica Federal. Dois casos foram efetivados, na avenida Celso Garcia e nas proximidades do Anhangabaú. Esses edifícios abrigam hoje 174 famílias.
A última megainvasão dos sem-teto aconteceu em maio de 2002, quando 5.000 deles chegaram a ocupar oito áreas. Em outubro de 1999, entidades do setor organizaram a invasão simultânea de seis imóveis, com 6.100 sem-teto.


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