São Paulo, domingo, 22 de julho de 2007

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TRAGÉDIA EM CONGONHAS/DATAFOLHA

43% reprovam atuação de Lula na crise aérea

Entre os paulistanos que declaram ter o costume de andar de avião, índice de reprovação do presidente sobe para 59%

O caos nos aeroportos do país fez com que 29% dos que costumam viajar de avião desistissem de ao menos uma viagem

DA REPORTAGEM LOCAL

O desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na condução da crise do setor aéreo é considerado ruim ou péssimo por 43% dos moradores da cidade de São Paulo. Para 36% ele é regular e apenas 19% o consideram ótimo/bom.
Entre os que costumam viajar de avião (20% dos paulistanos), o percentual dos que reprovam as ações do presidente na área é bem maior: 59%. Entre os mais escolarizados e ricos, o índice de ruim/péssimo chega a atingir 67%.
A pesquisa mostra ainda que piorou a avaliação geral do presidente Lula entre os paulistanos. Em relação ao levantamento feito em 20 de março e o realizado na última sexta-feira, o índice dos que consideram o governo Lula ruim ou péssimo cresceu de 24% para 29%.
Já o percentual dos que o avaliam como ótimo/bom oscilou de 35% para 32% -a pesquisa tem margem de erro de três pontos, para mais ou para menos. A piora na avaliação do presidente é bem maior entre os que costumam viajar de avião.

Viajando menos
Entre os que costumam andar de avião, 31% dos paulistanos afirmam que diminuíram a freqüência de suas viagens nos últimos 12 meses, enquanto a maioria (55%) disse que não houve mudanças.
Outros 29% entre os que costumam viajar de avião afirmaram ter desistido de fazer pelo menos uma viagem por causa do caos no setor aéreo.
A pesquisa também revela que 53% dos paulistanos dizem ter medo de andar de avião. Entre aqueles que afirmam ter medo, 84% dizem que o temor cresceu nos últimos 12 meses.
O Datafolha também apresentou aos entrevistados os principais personagens da crise aérea e pediu que opinassem sobre o grau de responsabilidade de cada um deles.
Para 71%, a Infraero (estatal que administra os aeroportos) tem muita responsabilidade; 59% apontaram o governo federal; 52%, as companhias aéreas; e 49%, a Aeronáutica.
Já para 42% dos entrevistados, são os controladores de vôos os principais responsáveis, taxa próxima aos que atribuem pouca responsabilidade a eles (38%).
O percentual dos que consideram que o governo federal não está empenhado em resolver a crise no setor aéreo é de 38%, empatando com a taxa dos que acham que o governo está apenas um pouco empenhado para resolver os problemas (40%). Só 18% dos entrevistados vêem muito empenho.
Entre os que costumam viajar de avião, essa percepção de falta de empenho sobe para 49% e atinge 56% entre os passageiros que têm nível de escolaridade superior.

Qualidade dos serviços
A pesquisa também procurou aferir entre os entrevistados que costumam viajar de avião uma opinião qualitativa sobre os serviços prestados pelas companhias aéreas. De modo geral, as taxas de aprovação superam as de reprovação.
O conforto dos aviões foi o que obteve o maior índice de aprovação: 64% consideram esse aspecto dos serviços ótimo ou bom. O serviço de reserva é visto como ótimo/bom por 57%, e a segurança prestada pelas companhias recebeu a mesma avaliação positiva de 46% dos entrevistados. (FC)


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