|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRAGÉDIA EM CONGONHAS/DATAFOLHA
43% reprovam atuação de Lula na crise aérea
Entre os paulistanos que declaram ter o costume de andar de avião, índice de reprovação do presidente sobe para 59%
O caos nos aeroportos do país fez com que 29% dos que costumam viajar de avião desistissem de
ao menos uma viagem
DA REPORTAGEM LOCAL
O desempenho do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
na condução da crise do setor
aéreo é considerado ruim ou
péssimo por 43% dos moradores da cidade de São Paulo. Para
36% ele é regular e apenas 19%
o consideram ótimo/bom.
Entre os que costumam viajar de avião (20% dos paulistanos), o percentual dos que reprovam as ações do presidente
na área é bem maior: 59%. Entre os mais escolarizados e ricos, o índice de ruim/péssimo
chega a atingir 67%.
A pesquisa mostra ainda que
piorou a avaliação geral do presidente Lula entre os paulistanos. Em relação ao levantamento feito em 20 de março e o
realizado na última sexta-feira,
o índice dos que consideram o
governo Lula ruim ou péssimo
cresceu de 24% para 29%.
Já o percentual dos que o
avaliam como ótimo/bom oscilou de 35% para 32% -a pesquisa tem margem de erro de
três pontos, para mais ou para
menos. A piora na avaliação do
presidente é bem maior entre
os que costumam viajar de
avião.
Viajando menos
Entre os que costumam andar de avião, 31% dos paulistanos afirmam que diminuíram a
freqüência de suas viagens nos
últimos 12 meses, enquanto a
maioria (55%) disse que não
houve mudanças.
Outros 29% entre os que costumam viajar de avião afirmaram ter desistido de fazer pelo
menos uma viagem por causa
do caos no setor aéreo.
A pesquisa também revela
que 53% dos paulistanos dizem
ter medo de andar de avião. Entre aqueles que afirmam ter
medo, 84% dizem que o temor
cresceu nos últimos 12 meses.
O Datafolha também apresentou aos entrevistados os
principais personagens da crise
aérea e pediu que opinassem
sobre o grau de responsabilidade de cada um deles.
Para 71%, a Infraero (estatal
que administra os aeroportos)
tem muita responsabilidade;
59% apontaram o governo federal; 52%, as companhias aéreas; e 49%, a Aeronáutica.
Já para 42% dos entrevistados, são os controladores de
vôos os principais responsáveis, taxa próxima aos que atribuem pouca responsabilidade a
eles (38%).
O percentual dos que consideram que o governo federal
não está empenhado em resolver a crise no setor aéreo é de
38%, empatando com a taxa
dos que acham que o governo
está apenas um pouco empenhado para resolver os problemas (40%). Só 18% dos entrevistados vêem muito empenho.
Entre os que costumam viajar de avião, essa percepção de
falta de empenho sobe para
49% e atinge 56% entre os passageiros que têm nível de escolaridade superior.
Qualidade dos serviços
A pesquisa também procurou aferir entre os entrevistados que costumam viajar de
avião uma opinião qualitativa
sobre os serviços prestados pelas companhias aéreas. De modo geral, as taxas de aprovação
superam as de reprovação.
O conforto dos aviões foi o
que obteve o maior índice de
aprovação: 64% consideram esse aspecto dos serviços ótimo
ou bom. O serviço de reserva é
visto como ótimo/bom por
57%, e a segurança prestada pelas companhias recebeu a mesma avaliação positiva de 46%
dos entrevistados.
(FC)
Texto Anterior: Paulistano defende Congonhas, mas quer mudanças Próximo Texto: Tragédia em Congonhas/Apagão aéreo: Falha de aparelhos em Manaus causa novos atrasos Índice
|