São Paulo, quarta-feira, 22 de julho de 2009

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Prefeitura diz para aluno gripado não ir à aula

TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A menos de duas semanas da volta às aulas na cidade de São Paulo, a vigilância epidemiológica do município alerta que crianças e adolescentes com sintomas de gripe não devem ir à escola. A mesma orientação é dada a adultos que trabalham.
A medida visa reduzir a propagação da gripe suína no país, uma vez que a transmissão da doença já é sustentada.
Ontem, a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que uma das medidas que os países podem adotar para evitar a propagação do vírus é o fechamento das escolas.
A gerente do Centro de Controle de Doença da Coordenadoria de Vigilância em Saúde do município, Rosa Maria Nakazaki, afirma que não há orientação para que as escolas adiem o início do segundo semestre letivo. Mas, ao ter qualquer sintoma de gripe, mesmo sem apresentar febre, a criança deve ficar em casa por sete dias -período de incubação do vírus. "É uma alternativa para diminuir o contato", diz.
A Secretaria de Estado da Educação já orientou os professores da rede a pedir que os alunos que apareçam na escola gripados voltem para casa.
Em São Paulo, as aulas de grande parte dos colégios particulares recomeçam em 3 de agosto. A maioria das 11 escolas consultadas pela Folha ainda não sabe que ações tomar para diminuir o contágio.
A Passo Seguro (na Mooca, zona leste) é a única delas que diz já ter definido medidas: vai orientar alunos do ensino infantil a levar sua própria caneca e, para estudantes do ensino fundamental e médio, disponibilizará álcool em gel para higiene das mãos.
"Estamos esperando as novas orientações da vigilância, mas não vamos ter muito como fugir dessa realidade", afirma Myriam Tricate, diretora da escola Magno (zona sul), que no final do semestre passado teve três alunos com a doença e antecipou as férias. "Naquela época a gente pôde fazer, mas não posso ficar parando a escola a cada caso."
Para Marcos Boulos, professor de doenças infecciosas e parasitárias da Faculdade de Medicina da USP, não há motivos para alarde.
"Não se deve fazer nada diferente do previsto. As crianças podem pegar [a gripe], mas gripes existem todos os anos. É uma gripe normal", afirma.


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