DE SÃO PAULO

Enquanto espera pelos royalties do pré-sal, o litoral paulista já sofre com os problemas do aumento populacional. Como a Folha publicou em dezembro de 2009, a população de 1,74 milhão de pessoas deve crescer 25% até 2020.
A estimativa é da Cespeg, uma comissão formada por técnicos do governo estadual. A perspectiva anterior do Seade era de crescimento populacional de 11,6%.
A instalação da base de gás da Petrobras em Caraguatatuba, por exemplo, inflacionou o mercado imobiliário da cidade.
No verão deste ano, as empresas saíram na frente e reservaram casas para seus funcionários. O resultado foi o aumento do preço dos aluguéis em 43%, segundo o Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis).
O mesmo processo ocorre em Cubatão e pode agravar ainda mais os problemas da cidade, que tem o mais grave deficit habitacional do Estado- 60% de sua população vive em favelas.
Se por um lado é esperada a criação de 70 mil empregos, os técnicos da Cespeg estimam que a perspectiva de ocupação também deve atrair contingentes de baixa renda. Por se tratar de uma região com indicadores sociais quase sempre abaixo da média do Estado, a perspectiva preocupa.


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