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PERFIL
Caçador era visto como aliado de ambientalistas
DE CUIABÁ
Nascido em 1945, em
Coxim (MS), Antônio Teodoro de Melo Neto, o Tonho da Onça, dizia ter feito
sua primeira caça à onça
ainda criança, aos 11 anos.
E assegurava que até o início da década de 1990 havia matado mais de 600.
Nos últimos 20 anos,
porém, tornou-se figura
frequente em reportagens
que tratavam justamente
das iniciativas de preservação. Descrito como um
aliado dos ambientalistas,
mantinha a fama de exímio caçador, mas desta
vez em nome do monitoramento e da pesquisa.
Em 2006, tornou-se tema do livro "Tonho da Onça", voltado a crianças e
adolescentes, no qual sua
trajetória é apontada como um exemplo de "transformação de atitude, a fim
de salvar a natureza".
O pesquisador Peter
Crawshaw, biólogo brasileiro considerado um dos
maiores especialistas em
onça no mundo, se declarou "decepcionado". "Ele
teve a toda oportunidade
para usar o conhecimento
que dispunha para a conservação, mas agora é flagrado no outro lado, matando as onças. É algo lamentável", disse.
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