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Liminar evita fim de ambulatório no Belém
Unidade estadual seria fechada no fim do mês
FERNANDA BASSETTE
DE SÃO PAULO
Uma liminar concedida
anteontem garante o funcionamento do Núcleo de Gestão Assistencial Belém, ambulatório de especialidades
da rede pública paulista, que
seria fechado no fim do mês.
O ambulatório é um posto
de saúde avançado que funciona há 30 anos na zona leste, oferece dez especialidades médicas, tem 45 mil pacientes cadastrados e atende
cerca de 3.000 pessoas/mês.
A intenção da Secretaria
de Estado da Saúde era transferir todo o atendimento para
o Ambulatório Médico de Especialidades Maria Zélia, que
fica a 1,2 km do local.
Segundo o governo, o posto do Belém é muito antigo,
tem problemas estruturais e
o prédio é alugado. Por isso,
os pacientes seriam atendidos no AME, que foi reformado e teria condições de absorver a demanda do bairro.
Depois de receber queixas
do Conselho de Segurança e
da associação de moradores,
o Ministério Público Estadual
entrou com uma ação para
impedir o fechamento.
Segundo o promotor Arthur Pinto Filho, a pasta não
apresentou estudo técnico
que embasasse a decisão.
"O ambiente é modesto,
mas não tem nada que impeça a realização dos atendimentos. É um absurdo fechar
um posto de saúde para economizar R$ 8.000 por mês",
diz o promotor Pinto Filho.
A liminar garante que consultas e atendimentos sejam
mantidos, bem como o retorno dos servidores transferidos para outras unidades.
Na decisão, o juiz Kenichi
Koyama diz que o fechamento poderia gerar danos a centenas de pessoas, ainda que a
demanda fosse redistribuída
para outro posto. Em caso de
descumprimento, a multa é
de R$ 10 mil por dia.
A secretaria informou que
não comentaria a decisão,
pois ainda não foi notificada.
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