São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 2011

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WILSON DA COSTA FUNFAS (1922-2011)

Dr. Funfas, pioneiro no norte do PR

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Após se formar pela USP, em 1949, o paulistano Wilson da Costa Funfas, atraído pelas campanhas em prol da colonização no norte do Paraná, decidiu começar a exercer a medicina na região.
Ouviu falar de Sertanópolis, onde poderia se estabelecer. Ao cair na estrada, porém, tomou o ônibus errado e desceu em Ibiporã, um município com hoje 48.198 habitantes, a 13 km de Londrina.
Durante conversa com o farmacêutico, acabou tendo os serviços médicos requisitados por um morador e resolveu ficar por lá mesmo.
Viveu na cidade de 1951 a 1970, período em que construiu, ao lado de casa, o primeiro hospital de alvenaria do município. Chamou-o de Nossa Senhora do Carmo, em referência à santa celebrada no dia de seu aniversário: 16 de julho. No local, que virou referência, atendia até pacientes do sul de São Paulo.
Mudou-se para Londrina quando os filhos (sete, no total) começaram a crescer. Lá, foi professor prático no hospital universitário, diretor do pronto-socorro e primeiro diretor do sanatório de tuberculose. Cirurgião, trabalhou também no hospital evangélico e teve a própria clínica.
Afastou-se da medicina no fim da década de 80.
Doutor Funfas, como era conhecido, tinha um humor refinado, "britânico", segundo a família. Sua marca registrada era um cachimbo, do qual não desgrudava.
Há alguns anos, descobriu ter um câncer. Morreu no sábado, 16 de julho, no dia de Nossa Senhora do Carmo, quando completou 89 anos. Deixa viúva, Ceres, com quem estava casado desde 1952, e netos.

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