São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 2006

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Professores e alunos criticam superlotação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Tanto alunos como professores dos supletivos reclamam das condições de ensino. Elaine Ferreira, 20, trocou o ensino médio regular pelo supletivo neste ano. "O normal era melhor. Agora é corrido. Em três semanas, já acaba o bimestre."
Elaine, que estuda em uma escola estadual em São Mateus (zona leste de SP), disse também que a sua turma está cheia. "São 49 alunos. É muito barulho. E vários estão lá só pelo diploma."
Quem também reclama da infra-estrutura é Paulo Sérgio Ramos, 34, que estuda em uma escola estadual no Jardim São Luís (zona sul de SP). "Não tem sala de informática nem biblioteca. E ainda tem professor que joga as coisas na lousa, senta e fala: "Copia". Isso desestimula."
O professor de matemática Luiz Henrique da Costa, 44, endossa a reclamação sobre o tamanho das turmas. O número de alunos em suas classes, diz, varia entre 40 e 50 -ele trabalha na zona sul de São Paulo. "Enquanto você explica, um monte de gente conversa. Preciso parar toda hora, e a classe dispersa."
A presidente em exercício da Apeoesp (associação dos professores da rede estadual de São Paulo), Maria Izabel Noronha, afirma que o problema é generalizado. "O professor ganha pouco e faz jornada tripla. Como ele vai preparar uma boa aula?"
A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo negou que haja classes superlotadas. A pasta informou que, no máximo, há salas com 43 alunos, o que atende a recomendação da própria pasta.


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