|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Professores e
alunos criticam
superlotação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Tanto alunos como professores dos supletivos reclamam das condições de ensino. Elaine Ferreira, 20, trocou o ensino médio regular
pelo supletivo neste ano. "O
normal era melhor. Agora é
corrido. Em três semanas, já
acaba o bimestre."
Elaine, que estuda em uma
escola estadual em São Mateus (zona leste de SP), disse
também que a sua turma está
cheia. "São 49 alunos. É muito barulho. E vários estão lá
só pelo diploma."
Quem também reclama da
infra-estrutura é Paulo Sérgio Ramos, 34, que estuda
em uma escola estadual no
Jardim São Luís (zona sul de
SP). "Não tem sala de informática nem biblioteca. E ainda tem professor que joga as
coisas na lousa, senta e fala:
"Copia". Isso desestimula."
O professor de matemática
Luiz Henrique da Costa, 44,
endossa a reclamação sobre
o tamanho das turmas. O número de alunos em suas classes, diz, varia entre 40 e 50
-ele trabalha na zona sul de
São Paulo. "Enquanto você
explica, um monte de gente
conversa. Preciso parar toda
hora, e a classe dispersa."
A presidente em exercício
da Apeoesp (associação dos
professores da rede estadual
de São Paulo), Maria Izabel
Noronha, afirma que o problema é generalizado. "O
professor ganha pouco e faz
jornada tripla. Como ele vai
preparar uma boa aula?"
A Secretaria Estadual da
Educação de São Paulo negou que haja classes superlotadas. A pasta informou que,
no máximo, há salas com 43
alunos, o que atende a recomendação da própria pasta.
Texto Anterior: Supletivos crescem 60%; cursos não são avaliados Próximo Texto: Teatro Municipal de SP cataloga 4.800 figurinos Índice
|