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Serra anuncia abono antecipado para conter greve
CATIA SEABRA
FABIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo paulista anuncia
hoje, dois dias antes da data
programada para greve de servidores da educação, um conjunto de medidas numa tentativa de debelar a ameaça.
Com custo anual correspondente a 10% da folha de pagamento, que é de R$ 8,5 bilhões,
o pacote vai da incorporação de
gratificação ao vencimento de
aposentados à autorização de
"venda" de um mês de licença-prêmio. Nenhuma medida, porém, contempla reajuste generalizado de salário.
Como antecipou a Folha, o
pacote inclui a extensão para
os aposentados do prêmio de
valorização, que hoje é concedido apenas ao pessoal da ativa.
A gratificação, que varia e R$
40 a R$ 53 mensais, tem custo
anual de R$ 158 milhões.
O anúncio prevê ainda a antecipação do bônus anual, pago
geralmente em fevereiro. Ele
costuma ser superior ao salário
mensal. Segundo a Folha apurou, de setembro a dezembro,
serão liberadas quatro parcelas
de até R$ 300. A diferença ficará para o início do ano que vem.
A exemplo do que já ocorre
na iniciativa privada, o servidor
ficará autorizado a vender ao
Estado um dos três meses de licença-prêmio a que tem direito
após cinco anos de trabalho, recebendo, assim, dois salários.
A expectativa é que a Secretaria de Educação também
anuncie a concessão de uma
gratificação para cargos de direção e supervisão nas escolas.
Além disso, deverá ser aberto
concurso para contratação de
secretários para as escolas.
O governo alega que não tem
condições de ceder às reivindicações da categoria. Somadas,
as exigências de cinco entidades representariam R$ 8 bilhões, ante R$ 800 milhões do
conjunto de medidas. Sua concessão significaria um reajuste
de praticamente 100% dos gastos com a folha do setor.
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