DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de admitir que há influência de políticos aliados ao governo na escolha dos dirigentes de ensino, o presidente do Conselho Estadual da Educação, Arthur Fonseca Filho, afirma não ver grandes problemas na rede devido a esse modelo.
O Conselho Estadual da Educação é um órgão fiscalizador e normativo da área educacional do Estado.
Fonseca Filho diz que suas opiniões referentes às indicações são baseadas em sua experiência como educador, uma vez que não cabe ao conselho analisar as nomeações de dirigentes de ensino. (FT)

 

FOLHA - O que o sr. acha do atual modelo de escolha dos dirigentes?
ARTHUR FONSECA FILHO - O cargo é de confiança, mas só profissionais da rede podem ocupá-lo.
Não vejo muitos problemas no modelo atual, pois não me parece haver escolhas indevidas.
A rede de ensino é madura, se a secretária nomear alguém apenas com base em critérios políticos, a diretoria regional de ensino explode.
Claro que os critérios não devem se basear apenas em loteamento político, coisa que não vejo ocorrer. O fato de ter havido indicação não é suficiente para desmerecer os ocupantes dos cargos.

FOLHA - Então o sr. não vê problema no fato de deputados e prefeitos indicarem os dirigentes?
FONSECA FILHO - Isso é uma prática do nosso mundo político. O que não pode ocorrer é a nomeação ocorrer por causa da indicação, sem levar em conta as condições técnicas.

FOLHA - A ex-secretária Rose Neubauer [gestão Mario Covas, PSDB] critica qualquer tipo de interferência política na escolha dos cargos. FONSECA FILHO - Ela instituiu a prova antes de os interessados assumirem porque havia grande mudança de gestão na secretaria. Ela sucedia ao governo Fleury [Luiz Antonio, PMDB], que tinha uma estrutura de administração da máquina diversa. Agora é diferente.


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