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Advogado é preso acusado de pedofilia
Polícia diz ter flagrado Luiz Flávio Prado de Lima, 47, com três meninas, de 14 e 15 anos, em seu apartamento em Higienópolis
Advogado é suspeito de pagar R$ 50 para manter relações sexuais com as meninas; ele nega e diz que pretendia ajudar as garotas
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Acusado pela polícia de explorar sexualmente meninas
moradoras de bairros pobres
de São Paulo em troca de R$ 50,
o advogado Luiz Flávio Prado
de Lima, 47, foi preso em flagrante anteontem à noite em
seu apartamento na avenida
Higienópolis, na região central
de São Paulo. Lima negou o crime e seu advogado afirma que
houve uma "armação".
A delegada Deidiene Fialho
Costa, responsável pela prisão,
disse que flagrou Lima deitado
em sua cama, seminu (só com
uma camiseta), ao lado de uma
menina de 15 anos.
Mais duas jovens, uma de 14,
irmã daquela que estava na cama com Lima, e outra de 15
anos, amiga das duas, estavam
no apartamento no momento
em que a polícia o invadiu.
A polícia chegou a Lima depois que a mãe das duas irmãs
foi ao 69º DP (Teotônio Vilela),
na zona leste, para denunciar
que a filha de 14 anos relatou
ter recebido R$ 50 para manter
relação sexual com o advogado
na última segunda-feira.
"Como é muito pobre mesmo, essa menina de 14 anos
usou o dinheiro para comprar
uma blusinha, um par de brincos para presentear uma irmã e
chocolates. Foi aí que a mãe
desconfiou", disse a delegada.
Segundo Deidiene, ao contar
à mãe que o advogado tinha dado os R$ 50 em troca de sexo, a
menina revelou que, anteontem, ia novamente encontrá-lo,
com a amiga de 15 anos, também moradora do Barro Branco, um dos pequenos bairros
pobres que formam a Cidade
Tiradentes, no extremo leste.
A mãe então mandou que a
outra filha, de 15 anos, acompanhasse a irmã para protegê-la e
foi procurar o DP. A polícia armou uma operação perto da estação Santa Cecília do metrô.
Por volta das 20h, Lima parou sua EcoSport e levou as meninas para seu apartamento. A
delegada diz que, minutos depois, flagrou-o seminu na cama. Um computador foi
apreendido no apartamento de
Lima, que tem um filho de sete
anos, mas vive sozinho.
"Ele disse que conhecia uma
das meninas desde pequena e
que tinha levado as três para o
seu apartamento porque iria
tomar banho e, depois, as levaria a um shopping para comprar sandálias para uma delas",
disse a delegada Deidiene.
Ontem à noite, Lima foi
transferido para o 40º DP (Vila
Santa Maria), na zona norte,
onde está o médico Roger Abdelmassih, também acusado de
crimes sexuais.
Caso seja condenado, Lima
poderá pegar uma pena que vai
de quatro a dez anos de prisão.
O advogado, que atua na área
cível, foi indiciado pela polícia
no artigo 218-B (favorecimento
da prostituição ou outra forma
de exploração sexual de vulnerável) da lei de n.º 12.015, que
entrou em vigor no último dia 7
e mudou a redação de alguns
artigos do Código Penal.
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