São Paulo, sábado, 22 de agosto de 2009

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Votação em Porto Alegre vai decidir sobre orla do Guaíba

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Os habitantes de Porto Alegre (RS) irão às urnas amanhã para decidir se uma área de 60 mil metros quadrados, às margens do rio Guaíba, poderá ou não receber edifícios residenciais. A votação é facultativa.
Mais do que o destino da área, equivalente a seis campos de futebol, está em jogo a concepção da ocupação da orla do Guaíba, que tem 72 km de extensão e é um dos símbolos da capital gaúcha.
A área pertencia ao Estaleiro Só, que faliu em 1995. Dez anos depois, o terreno foi arrematado por R$ 7,2 milhões para o pagamento de dívidas trabalhistas. No ano passado, a empresa BM Par, atual dona do terreno, anunciou a intenção de investir R$ 150 milhões para construir um complexo de prédios de escritórios e também de apartamentos.
A pretensão da empresa esbarrava na proibição legal de construção de prédios residenciais no local, mas a Câmara Municipal aprovou uma mudança na lei com a promessa do empreendedor de destinar 54% do terreno para um parque público.
Houve forte reação de ambientalistas, e o prefeito José Fogaça (PMDB) estabeleceu que a mudança aprovada na Câmara só passaria a valer após consulta pública.
A decisão do prefeito fez com que a BM Par anunciasse a desistência do empreendimento. Mesmo assim, a consulta será realizada.
Defensores dos edifícios afirmam que não há diferença no impacto ambiental entre prédios de apartamentos ou de escritórios e que a criação do novo parque vai valorizar a área. Já os opositores temem que a construção dos prédios desfigure a paisagem da orla do Guaíba.


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