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Votação em Porto Alegre vai decidir sobre orla do Guaíba
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO
ALEGRE
Os habitantes de Porto
Alegre (RS) irão às urnas
amanhã para decidir se uma
área de 60 mil metros quadrados, às margens do rio
Guaíba, poderá ou não receber edifícios residenciais. A
votação é facultativa.
Mais do que o destino da
área, equivalente a seis campos de futebol, está em jogo a
concepção da ocupação da
orla do Guaíba, que tem 72
km de extensão e é um dos
símbolos da capital gaúcha.
A área pertencia ao Estaleiro Só, que faliu em 1995.
Dez anos depois, o terreno
foi arrematado por R$ 7,2
milhões para o pagamento
de dívidas trabalhistas. No
ano passado, a empresa BM
Par, atual dona do terreno,
anunciou a intenção de investir R$ 150 milhões para
construir um complexo de
prédios de escritórios e também de apartamentos.
A pretensão da empresa
esbarrava na proibição legal
de construção de prédios residenciais no local, mas a Câmara Municipal aprovou
uma mudança na lei com a
promessa do empreendedor
de destinar 54% do terreno
para um parque público.
Houve forte reação de ambientalistas, e o prefeito José
Fogaça (PMDB) estabeleceu
que a mudança aprovada na
Câmara só passaria a valer
após consulta pública.
A decisão do prefeito fez
com que a BM Par anunciasse a desistência do empreendimento. Mesmo assim, a
consulta será realizada.
Defensores dos edifícios
afirmam que não há diferença no impacto ambiental entre prédios de apartamentos
ou de escritórios e que a criação do novo parque vai valorizar a área. Já os opositores
temem que a construção dos
prédios desfigure a paisagem
da orla do Guaíba.
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