|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
STJ revoga liminar, de fevereiro, que libertou Gil Rugai
Para o tribunal, por ter mudado de Estado, Rugai não tem direito de esperar seu julgamento fora da prisão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A 5ª Turma do STJ (Superior
Tribunal de Justiça) revogou
uma liminar que soltou o ex-seminarista Gil Rugai em fevereiro deste ano. Ele é acusado de
matar o pai e a madrasta.
O empresário Luiz Rugai e a
mulher, Alessandra Troitino,
foram mortos a tiros em casa,
em Perdizes (zona oeste de São
Paulo), em 2004. Segundo versão da polícia, o jovem havia
fraudado a empresa do pai e
testemunhas o viram na casa
na noite do crime.
Apontado como o principal
suspeito, Gil Rugai ficou preso
durante dois anos até ser libertado por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), em junho de 2006.
O rapaz voltou a ser preso em
setembro de 2008. O motivo de
sua segunda prisão foi uma reportagem da TV Record que revelava o fato de ele ter se mudado para Santa Maria (RS) sem
ter informado as autoridades.
As informações levaram o Ministério Público a pedir nova
prisão preventiva.
Neste ano, no entanto, o ministro do STJ Esteves Lima entendeu que o fato não justificava a prisão. "Quisesse fazê-lo
[fugir], já o teria feito", afirmou
Lima na ocasião.
Os ministros do STJ, seguindo voto divergente de Felix Fischer, discordaram de Lima.
"Ele comunicou ao juiz do processo que iria se mudar para
outra cidade? (...) Para sair do
distrito da culpa, tem que comunicar ao juiz, ainda mais
quando responde a um crime
dessa natureza. Por isso denego
a ordem de habeas corpus."
Segundo afirmava a defesa de
Rugai, o rapaz fora a Santa Maria concorrer ao vestibular para
o curso de medicina, por se tratar de uma cidade de pequeno
porte, onde teria mais possibilidade de ser aprovado.
Também dizia que Rugai estava trabalhando e compareceu
a todos os atos do processo, que
corre em São Paulo.
Ontem, o advogado de Rugai,
Fernando José da Costa, foi
procurado para comentar a decisão da Justiça e dizer se seu
cliente se apresentaria à Justiça. Uma secretária afirmou que
ele não estava na cidade.
Colaborou o "Agora"
Texto Anterior: STJ nega habeas corpus para Roger Abdelmassih Próximo Texto: Violência: Delegacia vai centralizar roubos a condomínios Índice
|