São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VIOLÊNCIA

Com distúrbios mentais, ele se recusou a ir para clínica e chegou a atirar

Homem faz reféns na própria casa

DA REPORTAGEM LOCAL

Um homem manteve ontem quatro reféns, entre eles sua irmã, por cerca de quatro horas na casa onde mora, no Jardim Paulista (zona oeste de São Paulo). Com distúrbios mentais, S.L.J., 34, chegou a disparar contra a irmã e contra a polícia, mas foi detido sem ferir ninguém, no final da tarde de ontem.
De acordo com a Polícia Militar, a confusão teve início na manhã de ontem, por volta das 11h, depois de uma discussão entre o rapaz e sua mãe. Ele chegou a agredi-la antes de ela conseguir escapar. Em seguida, sua irmã tentou conversar com ele e acalmá-lo.
Uma ambulância foi chamada para que o homem fosse conduzido para uma clínica, mas, armado, ele se recusou a ir. Segundo a polícia, o rapaz disparou contra a irmã, mas não a acertou. Nesse momento, um vizinho que ouviu o disparo ligou para a PM.
Além da irmã, um enfermeiro e duas empregadas domésticas que trabalham com a família foram feitos reféns no local. No entanto eles não permaneceram no mesmo cômodo que o rapaz, o que facilitou a ação da polícia, que isolou o quarteirão onde fica a casa.
A Polícia Militar esteve presente com viaturas que faziam o policiamento da região, o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e o Corpo de Bombeiros.
As negociações duraram toda a tarde de ontem. A irmã do rapaz e o enfermeiro foram os primeiros reféns libertados, por volta das 14h30. Como não estavam no mesmo quarto em que o rapaz se encontrava, a polícia colocou uma escada na janela, por onde os dois saíram.
Também orientadas pela polícia, as duas domésticas foram libertadas por volta das 15h. Como o rapaz continuava muito nervoso e já havia disparado duas vezes contra a polícia, apenas por volta das 18h os policiais do Gate invadiram, arrombando a porta, o quarto onde ele estava.
Naquele momento, o rapaz não estava com a arma, que havia sido guardada em uma gaveta. Ele saiu em um carro de resgate do Corpo de Bombeiros, e foi conduzido para uma clínica psiquiátrica. O homem não apresentava sinais de ferimentos.
(VICTOR RAMOS)


Texto Anterior: Empresas não revelam prejuízos
Próximo Texto: Mortes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.