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VIOLÊNCIA
Com distúrbios mentais, ele se recusou a ir para clínica e chegou a atirar
Homem faz reféns na própria casa
DA REPORTAGEM LOCAL
Um homem manteve ontem
quatro reféns, entre eles sua irmã,
por cerca de quatro horas na casa
onde mora, no Jardim Paulista
(zona oeste de São Paulo). Com
distúrbios mentais, S.L.J., 34, chegou a disparar contra a irmã e
contra a polícia, mas foi detido
sem ferir ninguém, no final da tarde de ontem.
De acordo com a Polícia Militar,
a confusão teve início na manhã
de ontem, por volta das 11h, depois de uma discussão entre o rapaz e sua mãe. Ele chegou a agredi-la antes de ela conseguir escapar. Em seguida, sua irmã tentou
conversar com ele e acalmá-lo.
Uma ambulância foi chamada
para que o homem fosse conduzido para uma clínica, mas, armado, ele se recusou a ir. Segundo a
polícia, o rapaz disparou contra a
irmã, mas não a acertou. Nesse
momento, um vizinho que ouviu
o disparo ligou para a PM.
Além da irmã, um enfermeiro e
duas empregadas domésticas que
trabalham com a família foram
feitos reféns no local. No entanto
eles não permaneceram no mesmo cômodo que o rapaz, o que facilitou a ação da polícia, que isolou o quarteirão onde fica a casa.
A Polícia Militar esteve presente
com viaturas que faziam o policiamento da região, o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e o
Corpo de Bombeiros.
As negociações duraram toda a
tarde de ontem. A irmã do rapaz e
o enfermeiro foram os primeiros
reféns libertados, por volta das
14h30. Como não estavam no
mesmo quarto em que o rapaz se
encontrava, a polícia colocou
uma escada na janela, por onde os
dois saíram.
Também orientadas pela polícia, as duas domésticas foram libertadas por volta das 15h. Como
o rapaz continuava muito nervoso e já havia disparado duas vezes
contra a polícia, apenas por volta
das 18h os policiais do Gate invadiram, arrombando a porta, o
quarto onde ele estava.
Naquele momento, o rapaz não
estava com a arma, que havia sido
guardada em uma gaveta. Ele saiu
em um carro de resgate do Corpo
de Bombeiros, e foi conduzido
para uma clínica psiquiátrica. O
homem não apresentava sinais de
ferimentos.
(VICTOR RAMOS)
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