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Carla quer tumultuar, dizem filhos do coronel
DA REDAÇÃO
Rodrigo, Diogo e Fabrício
Guimarães, filhos do coronel
Ubiratan, em carta à Folha,
acusam a advogada Carla Cepollina de tumultuar o processo. Leia a íntegra do texto:
ELA QUERIA CASAR-SE
Ao contrário do que a advogada
Carla faz questão de afirmar, ela
não era namorada de nosso pai há
pelo menos sete meses. Foram,
sim, namorados por algum tempo
(pouco mais de um ano), mas a relação de namoro havia sido rompida em razão de uma forte divergência de interesses: Carla queria
se casar e ter filhos com nosso pai,
que afirmava veementemente não
mais querer filhos, já que tinha
três homens formados na faixa
dos 30 anos, além de confirmar
categoricamente que a hipótese
de se casar era ainda mais absurda
e improvável.
Não estamos de forma alguma
negando que eles tinham um envolvimento, isso é fato. Entre idas
e vindas, nosso pai aceitava que
ela continuasse participando da
sua vida de forma diferente, não
mais como namorada, embora ficassem juntos vez ou outra. Existia por parte de Carla uma obsessão para ser a "Oficial Senhora
Ubiratan Guimarães".
RECIBOS NADA PROVAM
Recibos, notas fiscais e fotos nada provam além de uma relação
próxima entre eles, o que de fato
existia. Na nossa opinião, ela tem
coisas muito mais sérias para provar no momento do que a profundidade da relação que mantinha
com nosso pai, irrelevante para o
resultado final das investigações.
Carla, uma mulher difícil, ciumenta, sufocante e manipuladora,
sempre apresentou sinais de desequilíbrio e possessividade. Ao contrário do que afirmou em nota à
imprensa, nós, os filhos, apenas a
aturávamos em respeito à escolha
que nosso pai fez, a exemplo do
respeito que sempre tivemos por
parte dele em relação às nossas escolhas amorosas. Mas jamais tivemos uma relação saudável com
Carla, limitando-nos apenas aos
bons modos e ao respeito.
Quanto ao monte de informação que tem sido diariamente levantada pela advogada e por sua
mãe, tais como dinheiro de caixa
dois, relacionamentos amorosos
com mãe e filha no prédio, funcionário fantasma e outros absurdos
que nem merecem ser citados, só
temos uma coisa a dizer: a nós, parece uma atitude desesperada de
alguém que vê o cerco fechar em
torno de si.
INVESTIGAÇÕES
Denegrindo a imagem do nosso
falecido pai, que nem direito de
defesa pode exercer, ela levanta
suspeitas e inverdades com o claro
objetivo de tumultuar as investigações que apontam apenas para
ela até agora. Quem o conheceu,
sabe quão absurdas são todas essas hipóteses.
Ainda na mesma tentativa desesperada de mudar o foco e desqualificar pessoas, a advogada lançou na mídia informações mentirosas sobre o nosso advogado, o
respeitado dr. Vicente Cascione,
que, além de ter absolvido nosso
pai de forma brilhante no julgamento do Carandiru, era acima de
tudo um grande amigo, leal e absolutamente correto em suas atitudes. Em sua carta à imprensa,
ela tentou denegrir a imagem do
dr. Cascione dizendo que este foi
importunar nosso pai em uma visita ao cardiologista invadindo sua
privacidade quando nós, os filhos,
sabemos perfeitamente que foi
nosso pai quem pediu a gentileza
de o dr. Cascione comparecer ao
consultório médico, já que a reunião que tinha sido marcada entre
eles atrasou.
Chega a ser revoltante a maneira mentirosa, maquiavélica e calculista com que essas duas senhoras tentam manipular os fatos, os
acontecimentos e a mídia.
FÉ NA JUSTIÇA
Acreditando na vitória da Justiça e rezando para que esse triste
episódio tenha uma conclusão rápida e eficiente, continuaremos
levando nossas vidas conforme os
ensinamentos deixados pelo coronel Ubiratan, tendo a certeza de
que somos pessoas sortudas e privilegiadas por termos vivido durante quase 30 anos ao lado de alguém como ele, um homem correto, admirado, respeitado e, como
ouvimos repetidamente nos últimos dias, um verdadeiro herói.
RODRIGO, DIOGO E FABRÍCIO GUIMARÃES
São Paulo, 20 de setembro de 2006
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