São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 2006

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Carla quer tumultuar, dizem filhos do coronel

DA REDAÇÃO

Rodrigo, Diogo e Fabrício Guimarães, filhos do coronel Ubiratan, em carta à Folha, acusam a advogada Carla Cepollina de tumultuar o processo. Leia a íntegra do texto:

 

ELA QUERIA CASAR-SE
Ao contrário do que a advogada Carla faz questão de afirmar, ela não era namorada de nosso pai há pelo menos sete meses. Foram, sim, namorados por algum tempo (pouco mais de um ano), mas a relação de namoro havia sido rompida em razão de uma forte divergência de interesses: Carla queria se casar e ter filhos com nosso pai, que afirmava veementemente não mais querer filhos, já que tinha três homens formados na faixa dos 30 anos, além de confirmar categoricamente que a hipótese de se casar era ainda mais absurda e improvável.
Não estamos de forma alguma negando que eles tinham um envolvimento, isso é fato. Entre idas e vindas, nosso pai aceitava que ela continuasse participando da sua vida de forma diferente, não mais como namorada, embora ficassem juntos vez ou outra. Existia por parte de Carla uma obsessão para ser a "Oficial Senhora Ubiratan Guimarães".

RECIBOS NADA PROVAM
Recibos, notas fiscais e fotos nada provam além de uma relação próxima entre eles, o que de fato existia. Na nossa opinião, ela tem coisas muito mais sérias para provar no momento do que a profundidade da relação que mantinha com nosso pai, irrelevante para o resultado final das investigações.
Carla, uma mulher difícil, ciumenta, sufocante e manipuladora, sempre apresentou sinais de desequilíbrio e possessividade. Ao contrário do que afirmou em nota à imprensa, nós, os filhos, apenas a aturávamos em respeito à escolha que nosso pai fez, a exemplo do respeito que sempre tivemos por parte dele em relação às nossas escolhas amorosas. Mas jamais tivemos uma relação saudável com Carla, limitando-nos apenas aos bons modos e ao respeito.
Quanto ao monte de informação que tem sido diariamente levantada pela advogada e por sua mãe, tais como dinheiro de caixa dois, relacionamentos amorosos com mãe e filha no prédio, funcionário fantasma e outros absurdos que nem merecem ser citados, só temos uma coisa a dizer: a nós, parece uma atitude desesperada de alguém que vê o cerco fechar em torno de si.

INVESTIGAÇÕES
Denegrindo a imagem do nosso falecido pai, que nem direito de defesa pode exercer, ela levanta suspeitas e inverdades com o claro objetivo de tumultuar as investigações que apontam apenas para ela até agora. Quem o conheceu, sabe quão absurdas são todas essas hipóteses.
Ainda na mesma tentativa desesperada de mudar o foco e desqualificar pessoas, a advogada lançou na mídia informações mentirosas sobre o nosso advogado, o respeitado dr. Vicente Cascione, que, além de ter absolvido nosso pai de forma brilhante no julgamento do Carandiru, era acima de tudo um grande amigo, leal e absolutamente correto em suas atitudes. Em sua carta à imprensa, ela tentou denegrir a imagem do dr. Cascione dizendo que este foi importunar nosso pai em uma visita ao cardiologista invadindo sua privacidade quando nós, os filhos, sabemos perfeitamente que foi nosso pai quem pediu a gentileza de o dr. Cascione comparecer ao consultório médico, já que a reunião que tinha sido marcada entre eles atrasou.
Chega a ser revoltante a maneira mentirosa, maquiavélica e calculista com que essas duas senhoras tentam manipular os fatos, os acontecimentos e a mídia.

FÉ NA JUSTIÇA
Acreditando na vitória da Justiça e rezando para que esse triste episódio tenha uma conclusão rápida e eficiente, continuaremos levando nossas vidas conforme os ensinamentos deixados pelo coronel Ubiratan, tendo a certeza de que somos pessoas sortudas e privilegiadas por termos vivido durante quase 30 anos ao lado de alguém como ele, um homem correto, admirado, respeitado e, como ouvimos repetidamente nos últimos dias, um verdadeiro herói.


RODRIGO, DIOGO E FABRÍCIO GUIMARÃES
São Paulo, 20 de setembro de 2006


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