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outro lado
Parceria é legítima, diz Souza Cruz
Associação de gastronomia e turismo nega que tenha havido subordinação
DA REPORTAGEM LOCAL
A Souza Cruz diz em nota que
"é legítimo o trabalho em conjunto com parceiros comerciais, como entidades de classe,
na busca de soluções que acomodem os direitos de todos os
públicos envolvidos".
Diz considerar o programa
"Convivência em Harmonia"
um exemplo de ação conjunta.
Foi a partir dele, diz, que países
como França, Itália e Espanha
criaram "alternativas técnicas"
para conciliar fumantes e não-fumantes no mesmo espaço "de
maneira equilibrada".
A Associação Brasileira de
Gastronomia, Hospedagem e
Turismo diz que nunca se subordinou à indústria do cigarro. A entidade diz ter 2 milhões
de associados no Brasil e ser
parceira das empresas de cigarro, de bebidas e de alimentos.
"Beira o ridículo estabelecer relação de subordinação com
nossos parceiros", diz, em nota.
A entidade diz que esse tipo
de ação conjunta visa a defesa
de seus associados. Segundo a
assessoria da Abresi, uma viagem do presidente da associação, Nelson de Abreu, aos EUA,
mencionada em documento da
Philip Morris, nunca ocorreu.
A entidade nega ter recebido
verba das empresas para veicular anúncios contra decreto que
vetava o fumo em bares e restaurantes em 1995. Diz que sua
política é não aceitar financiamentos de empresas.
Segundo a Abresi, os anúncios veiculados na última semana contra o projeto do governo
José Serra, que prevê o banimento do fumo em locais fechados, foram pagos pela própria entidade.
Em nota, diz: "(...) repudiamos qualquer tentativa leviana
de estabelecer um tom de "denuncismo" em desfavor da
Abresi, uma vez que cumprimos um papel tão relevante no
cenário social e econômico do
país, atuando com absoluta independência em nossas políticas de desenvolvimento do turismo nacional".
A Philip Morris não comentou o teor dos textos obtidos
pela Folha. Em nota, diz: "preferimos focar no presente e no
futuro da regulamentação do
tabaco, ao invés de analisar o
passado com os olhos de hoje".
Afirma "apoiar a regulamentação do fumo em locais públicos", já que "as autoridades públicas de saúde concluíram que
o fumo passivo causa doenças".
Defende "locais adequados"
para fumantes.
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