São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 2011

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Cresce número de carros que transportam uma só pessoa

Em 2011, taxa média de ocupação de automóveis é de 1,4, segundo a CET

Resultado de outra pesquisa, do Ibope, mostra que número de paulistanos que compram carro cresce

ALENCAR IZIDORO
RAPHAEL VELEDA

DE SÃO PAULO

Os carros mais populares costumam ter capacidade para transportar cinco pessoas, mas, na capital paulista, são utilizados quase como motos -e sem ninguém na garupa.
Em 2011, a taxa média de ocupação dos automóveis nas ruas pesquisadas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) se limitou a 1,4 pessoa por veículo.
Ou seja, a cada cinco carros em circulação nos horários de pico, somente sete pessoas são transportadas.
Esse cenário, a partir de monitoramento da CET em seis pontos, das 7h30 às 9h30 e das 17h às 19h, é citado por especialistas como exemplo do mau uso do carro -assim como da falta da cultura da carona por motoristas.
A queda foi de 1,49 pessoa por carro (em 2005) para 1,46 (em 2009) e agora para 1,40.
Hoje, no Dia Mundial Sem Carro, a CET testará faixas reversíveis para carros com mais de um ocupante para incentivar a carona. Também haverá mais ônibus nas ruas nos horários de pico.

PESQUISA
Os paulistanos estão comprando mais carros, mas, ao mesmo tempo, sonham com alternativas no transporte público para fugir do trânsito.
As conclusões são de uma pesquisa da Rede Nossa São Paulo e do Ibope.
Desde 2010, segundo a pesquisa, cresceu de 28% para 38% a proporção de pessoas que compraram um carro nos último 12 meses.
Entre pesquisados com renda familiar de dois a cinco salários mínimos, subiu de 52% para 62% a quantidade de pessoas com ao menos um carro em casa, sendo que 23% o usam quase todos os dias. Em 2007, primeiro ano do levantamento, eram 15%.
Feita com 805 pessoas, a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.
Apesar do aumento no uso do carro, 60% dos entrevistados disseram que estariam dispostos a trocá-lo pelo transporte público. Em 2010, foram 52% e, um ano antes, 40%. O número sobe para 82% se a transporte fosse "bom". Em 2010, eram 76%.


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