|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Escola que viveu chacina terá zelador PM
ELI FERNANDES
free-lance para a Folha Campinas
A escola estadual do Núcleo Habitacional Vida Nova, em Campinas (99 km de São Paulo), onde
houve uma chacina duas semanas
atrás, deve receber até o final deste mês um policial militar que vai
morar no local.
O nome do policial não foi divulgado ontem. Na chacina, três
estudantes foram mortos e outras
sete pessoas ficaram feridas, sendo seis baleadas e uma espancada.
O policial vai atuar como zelador da escola e deve pagar uma taxa de aluguel, ainda não definida,
segundo a Coordenadoria de Ensino do Interior da Secretaria de
Estado da Educação.
O órgão aguarda o recebimento
de um ofício da direção da escola
para adotar a medida.
"Ele (o policial) já veio visitar a
escola, olhou o local. Agora só estamos esperando sua documentação para confirmar a vinda",
disse a diretora do colégio, Cláudia Aparecida Francisco, 40.
Foi no prédio da zeladoria da
escola em que ocorreu a chacina.
O cargo de zelador era ocupado
por Nilton César dos Santos, 28,
que foi baleado durante a ocorrência e permanece afastado do
colégio.
Seu endereço atual não é divulgado, pois ele é considerado peça-chave das investigações conduzidas pela Polícia Civil.
Segundo a polícia, o principal
suspeito da autoria do crime, Admilson Fagundes de Souza Santos, 19, permanece foragido.
O coronel Élzio Nagali, comandante regional da Polícia Militar
em Campinas, disse que o policial
que vai morar na escola trabalha
atualmente na banda marcial da
polícia.
"Na minha opinião, nem policial zelador, nem reforço da PM
vão resolver o problema de segurança, mas nós não vamos querer
nos omitir", afirmou o coronel.
Ele disse que pelo menos outras
duas escolas da cidade já funcionam hoje com policiais como zeladores.
Segundo o comandante, o policial que pretende atuar como zelador da escola do Vida Nova já é
morador do bairro onde fica a escola, o que vai facilitar a mudança
para o novo endereço, além de
criar vínculos mais fortes entre o
policial e a comunidade servida
pela escola.
Texto Anterior: Chacina desencadeou toque Próximo Texto: Mortos em escolas chegam a 24 em 99 Índice
|