da Reportagem Local

O combustível nuclear usado que será enviado aos Estados Unidos é o resultado de um acúmulo de 40 anos. Esse material estava depositado em uma espécie de piscina no Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares).
O reator do Ipen é utilizado para três atividades: na produção de radiofarmacos (necessários para terapias e diagnósticos de doenças), de forma comercial (produção de fios eletrocondutores para a indústria de eletroeletrônicos) e em experimentos científicos.
O diretor de pesquisa e desenvolvimento da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), Antonio Carlos de Oliveira Barroso, disse que uma parte desse combustível usado pode ser reaproveitado até mesmo para armas nucleares. Barroso, porém, disse que essa hipótese é remota.
Ontem, o secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Trípoli, afirmou que só ficou sabendo do transporte desse material há dois dias. "O Ipen ligou querendo saber se tinha de pagar alguma taxa para transportar produtos para o porto de Santos e, aí, informou que era uma carga nuclear." Trípoli disse que vai exigir que o produto seja embarcado assim que chegar ao porto. Além disso, ele pretende solicitar ao Ministério da Marinha que faça uma escolta do material até 200 milhas da costa brasileira.
"Acreditamos que não haverá problemas no transporte, mas temos de tomar todas as providências", disse o secretário.


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