São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 2008

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RIO DE JANEIRO

Família de Sendas não acredita em versão de tiro acidental

DA SUCURSAL DO RIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE, NO RIO

A família do empresário Arthur Sendas, morto na noite de domingo, aos 73 anos, não acredita na versão de disparo acidental apresentada anteontem pelo assassino confesso Roberto da Costa Júnior, 28. A polícia descartou a hipótese de tiro acidental, segundo perícia concluída ontem à tarde.
"Não acreditamos nisso", disse Nelson Sendas, filho do empresário, após o enterro realizado ontem no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio.
"Não dá para entender. O tempo é que vai explicar. Meu pai era uma pessoa muito boa, muito querido por todos os funcionários. Existe até uma ponta de revolta por [isso] acontecer com uma pessoa como ele", disse Nelson, que falou em nome da mãe, Maria, dos irmãos, Arthur e Márcia, e dos sete netos do fundador da rede de supermercados Sendas.
Costa Júnior foi indiciado ontem por homicídio qualificado. Motorista que trabalhava havia oito anos e meio com a família, chegou para falar com Sendas por volta das 23h45 de domingo. O empresário foi à porta dos fundos de seu apartamento, os dois discutiram, e ouviu-se o disparo.
Na noite de segunda, após se apresentar à polícia, Costa Júnior disse que sua arma caiu, os dois a disputaram, e ela disparou. A polícia acredita que o motorista, endividado, foi pedir dinheiro. Seu pai foi motorista particular de Sendas por 28 anos.
Muitos funcionários das cem lojas do grupo foram ao enterro, que reuniu cerca de 500 pessoas, segundo a administração do cemitério.
O corpo de Sendas foi velado numa igreja da zona sul. A ex-ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello, o ex-ministro da Justiça Célio Borja e o ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni manifestaram solidariedade à família.


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