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outro lado
Valor cobre gastos com cópias, afirma direção do colégio
DA REPORTAGEM LOCAL
A direção da escola confirma a cobrança das provas,
para cobrir gastos com xerox, mas afirma que a venda
de uniformes cessou. "[O
uniforme] era vendido até o
começo do ano e depois parou", afirmou a diretora Maria Tereza Veneziani Sbrania. Ela disse, ainda, que o dinheiro era repassado diretamente a um fornecedor cujo
nome não soube informar.
Quanto às provas, Sbrania
diz que o valor "está registrado na contabilidade da Associação de Pais e Mestres".
A diretora não informou,
no entanto, os contatos da
entidade nem quis relatar o
valor dos gastos.
Procurada anteriormente
na semana passada, a diretora havia negado as denúncias. "Quanta fantasia!", afirmou, entre risos, enquanto o
repórter elencava as irregularidades apontadas por pais
e alunos. "Só posso dizer que
não é verdade."
Procurada, a Secretaria de
Estado da Educação afirmou
inicialmente que as denúncias de irregularidades "não
procedem".
Depois, José Benedito de
Oliveira, diretor da Cogsp,
disse que a escola deixou de
vender uniformes a partir da
publicação da portaria de 18
de junho. "Mas vamos abrir
uma apuração."
Se confirmadas as irregularidades, Oliveira afirma
que as medidas cabíveis serão tomadas, incluindo o
afastamento da diretora
Sbrania, no cargo há quase
duas décadas.
"A escola é proibida de
vender uniformes de qualquer maneira, e a cobrança
para prova é proibida. Repugnamos essa situação",
afirma Oliveira.
A lei nº 3.913, de 1983,
proíbe aos estabelecimentos
oficiais de ensino a cobrança
de taxa de matrícula, material destinado a provas e
quaisquer outras contribuições em dinheiro.
Também é proibido instituir o uso obrigatório de uniforme, de acordo com a lei.
(DB)
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