São Paulo, quinta-feira, 22 de outubro de 2009

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outro lado

Valor cobre gastos com cópias, afirma direção do colégio

DA REPORTAGEM LOCAL

A direção da escola confirma a cobrança das provas, para cobrir gastos com xerox, mas afirma que a venda de uniformes cessou. "[O uniforme] era vendido até o começo do ano e depois parou", afirmou a diretora Maria Tereza Veneziani Sbrania. Ela disse, ainda, que o dinheiro era repassado diretamente a um fornecedor cujo nome não soube informar.
Quanto às provas, Sbrania diz que o valor "está registrado na contabilidade da Associação de Pais e Mestres".
A diretora não informou, no entanto, os contatos da entidade nem quis relatar o valor dos gastos.
Procurada anteriormente na semana passada, a diretora havia negado as denúncias. "Quanta fantasia!", afirmou, entre risos, enquanto o repórter elencava as irregularidades apontadas por pais e alunos. "Só posso dizer que não é verdade."
Procurada, a Secretaria de Estado da Educação afirmou inicialmente que as denúncias de irregularidades "não procedem".
Depois, José Benedito de Oliveira, diretor da Cogsp, disse que a escola deixou de vender uniformes a partir da publicação da portaria de 18 de junho. "Mas vamos abrir uma apuração."
Se confirmadas as irregularidades, Oliveira afirma que as medidas cabíveis serão tomadas, incluindo o afastamento da diretora Sbrania, no cargo há quase duas décadas.
"A escola é proibida de vender uniformes de qualquer maneira, e a cobrança para prova é proibida. Repugnamos essa situação", afirma Oliveira.
A lei nº 3.913, de 1983, proíbe aos estabelecimentos oficiais de ensino a cobrança de taxa de matrícula, material destinado a provas e quaisquer outras contribuições em dinheiro.
Também é proibido instituir o uso obrigatório de uniforme, de acordo com a lei. (DB)


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