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Professor Marcos Macari defende recursos humanos de alto nível
Situação quer mais professores
DA REPORTAGEM LOCAL
Candidato da situação, o professor Marcos Macari, 54, é pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Unesp.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
Folha - Como o sr. avalia a atual
gestão?
Marcos Macari - Os três primeiros anos foram muito interessantes. No último ano, acho que
o reitor, com a negociação [da
dívida de R$ 500 milhões] que
fez com instituto e com o Estado, complicou a situação.
Folha - O senhor concorda com
a negociação que foi feita?
Macari - A negociação foi muito boa. O que foi ruim foi o fato
de que não estava dentro do
projeto de orçamento votado no
ano passado. Isso causou, no
âmbito da universidade, um
problema.
Folha - Numa eventual gestão,
o senhor terá de adotar políticas
restritivas. Quais são seus planos?
Macari - Temos de aguardar a
consulta que foi feita ao Ipesp,
porque hoje a Unesp está pagando toda a dívida atrasada.
Na nossa leitura, e de acordo
com a legislação atual do Estado, significa que o Ipesp teria de
assumir parte dos aposentados
da Unesp.
Folha - Quanto representaria?
Macari - A Unesp tem mais de
mil aposentados. Em termos de
recursos, isso representaria cerca de R$ 70 milhões/ano.
Se isso ocorrer, significará que
um terço dos nossos inativos
sairá do orçamento da Unesp.
Aí, acho que a universidade ficaria tranqüila.
Folha - Qual a sua prioridade?
Macari - Fazer a contratação de
docentes e o planejamento para
a infra-estrutura.
Numa universidade pública,
pode-se não ter uma grande infra-estrutura, mas, se houver recursos humanos de alto nível,
garante-se o alto nível.
Folha - A medida que o reitor
adotou de negociar a dívida sem
estar no orçamento comprometeu a credibilidade da reitoria?
Macari - Com certeza. Existia
toda uma programação.
Folha - Como recuperar isso?
Macari - Primeiro, estreitar a
relação. Deixar a comunidade
bastante ciente da situação. Ir
aos campi, conversar e tentar
mostrar que a solução deve vir
em cima de planejamento.
Folha - A Unesp tem um repasse
de 2,3447% do ICMS. Quanto isso
representou neste ano?
Macari - Foi em torno de R$
800 milhões. Para o ano que
vem, o governo já anunciou que
o orçamento será de R$ 933
milhões.
Folha - Como o sr. avalia o desempenho das unidades diferenciadas?
Macari - Diria que estão funcionando de uma forma muito
boa em Itapeva, Tupã, Sorocaba
e Rosana. Nas cidades de Registro, Dracena e Ourinhos, as prefeituras têm de oferecer um
pouco mais de infra-estrutura.
Folha - Numa possível gestão
do senhor, será aumentado o número dessas unidades ou será dada ênfase à consolidação do modelo?
Macari - No momento não podemos pensar em números. Expandir a Unesp neste momento
seria temeroso.
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