São Paulo, segunda-feira, 22 de novembro de 2004

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Professor Marcos Macari defende recursos humanos de alto nível

Situação quer mais professores

DA REPORTAGEM LOCAL

Candidato da situação, o professor Marcos Macari, 54, é pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Unesp.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

Folha - Como o sr. avalia a atual gestão?
Marcos Macari -
Os três primeiros anos foram muito interessantes. No último ano, acho que o reitor, com a negociação [da dívida de R$ 500 milhões] que fez com instituto e com o Estado, complicou a situação.

Folha - O senhor concorda com a negociação que foi feita?
Macari -
A negociação foi muito boa. O que foi ruim foi o fato de que não estava dentro do projeto de orçamento votado no ano passado. Isso causou, no âmbito da universidade, um problema.

Folha - Numa eventual gestão, o senhor terá de adotar políticas restritivas. Quais são seus planos?
Macari -
Temos de aguardar a consulta que foi feita ao Ipesp, porque hoje a Unesp está pagando toda a dívida atrasada. Na nossa leitura, e de acordo com a legislação atual do Estado, significa que o Ipesp teria de assumir parte dos aposentados da Unesp.

Folha - Quanto representaria?
Macari -
A Unesp tem mais de mil aposentados. Em termos de recursos, isso representaria cerca de R$ 70 milhões/ano.
Se isso ocorrer, significará que um terço dos nossos inativos sairá do orçamento da Unesp. Aí, acho que a universidade ficaria tranqüila.

Folha - Qual a sua prioridade?
Macari -
Fazer a contratação de docentes e o planejamento para a infra-estrutura.
Numa universidade pública, pode-se não ter uma grande infra-estrutura, mas, se houver recursos humanos de alto nível, garante-se o alto nível.

Folha - A medida que o reitor adotou de negociar a dívida sem estar no orçamento comprometeu a credibilidade da reitoria?
Macari -
Com certeza. Existia toda uma programação.

Folha - Como recuperar isso?
Macari -
Primeiro, estreitar a relação. Deixar a comunidade bastante ciente da situação. Ir aos campi, conversar e tentar mostrar que a solução deve vir em cima de planejamento.

Folha - A Unesp tem um repasse de 2,3447% do ICMS. Quanto isso representou neste ano?
Macari -
Foi em torno de R$ 800 milhões. Para o ano que vem, o governo já anunciou que o orçamento será de R$ 933 milhões.

Folha - Como o sr. avalia o desempenho das unidades diferenciadas?
Macari -
Diria que estão funcionando de uma forma muito boa em Itapeva, Tupã, Sorocaba e Rosana. Nas cidades de Registro, Dracena e Ourinhos, as prefeituras têm de oferecer um pouco mais de infra-estrutura.

Folha - Numa possível gestão do senhor, será aumentado o número dessas unidades ou será dada ênfase à consolidação do modelo?
Macari -
No momento não podemos pensar em números. Expandir a Unesp neste momento seria temeroso.

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